Rodrigo Bacellar: "Garotinho é o maior comprador de votos que conheço"
Ícaro Barbosa 07/06/2019 07:55 - Atualizado em 10/06/2019 16:36
Isaías Fernandes
“Garotinho é o maior comprador de voto que conheci na minha vida”. A afirmação é do deputado estadual e pré-candidato – mesmo sem admitir – a prefeito em 2020, Rodrigo Bacellar (SD), durante entrevista, nesta sexta-feira (7), ao programa Folha no Ar, na rádio Folha FM 98,3. O parlamentar afirmou que a solução para Campos passa por uma terceira via a uma possível polarização entre o atual chefe do Executivo, Rafael Diniz (PPS), e o deputado federal Wladimir Garotinho (PSD), porém, em um eventual segundo turno, teria dificuldade de apoiar um dos dois, porém, a possibilidade de caminhar com o grupo garotista, segundo ele, é “zero”. Bacellar também falou sobre a proximidade com dois ex-vereadores condenados na operação Chequinho.
— Garotinho, para mim, de todo o cenário político que conheço, é o maior comprador de voto que conheci na minha vida. A gente sabe como Garotinho faz eleição. Quando ele perde para o prefeito Rafael (em 2016), ele sai nos últimos 40 dias em um devaneio de asfaltar a cidade inteira, assim como fez com Cheque Cidadão, disparando de 12 mil para 30 mil. E acho que, por tudo que analisei do processo, alguns acusados acabam pagando uma conta até maior do que seria a proporcionalidade de suas culpas em razão de estarem representados por Garotinho — declarou o deputado, que completou: “Eu não vou me trocar com Garotinho. Um homem que já foi preso três vezes não merece essa atenção. Com Garotinho, eu tenho um advogado: meu pai”.
Embora não admita sua candidatura, durante a Feijoada da Folha, no dia 26 maio, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) afirmou que o apoio dele em Campos será para Rodrigo, com quem possui ótima relação. No último dia 29 de maio, o jornalista Aluysio Abreu Barbosa informou no blog Opiniões, hospedado no Folha1, que haveria um acordo entre Rodrigo, Gil Vianna (PSL) e Caio Vianna (PDT) para definir até dezembro qual dos três se lançará a prefeito com apoio dos outros dois.
Durante a entrevista, Bacellar também ressaltou que o município necessita de uma terceira via, mas que ela não pode se fragmentar. No entanto, ele afirma que não dará seu apoio ao garotismo em um eventual segundo turno em nenhuma hipótese.
— Ficaria muito incomodado de dar apoio tanto ao atual prefeito como para o grupo do Garotinho, ao qual já posso afirmar, a hipótese disso acontecer é zero. Por tudo que fez a cidade de Campos, por tudo que minha família passou diante das perseguições do ex-governador.
Durante a semana, o blog Opiniões também informou a aproximação de Bacellar com o ex-vereador Jorge Magal, condenado na Chequinho. Apesar dos problemas na Justiça, Magal possui um capital importe em Guarus. Durante a semana, ele foi nomeado com um cargo no RH da Alerj, porém, Rodrigo disse que houve um equívoco e que Magal será seu assessor parlamentar. Bacellar trabalhou na defesa do ex-vereador na ação penal da Chequinho, onde ele foi absolvido. “É uma relação de gratidão e amizade. Magal tem trabalho prestado e foi incansável na minha última campanha”, disse Rodrigo, que também recebeu o apoio do ex-vereador Miguelito (PSL), igualmente condenado, porém, com recursos pendentes. “O agradeço também pelo trabalho”. 
Governos estadual e federal — Durante a entrevista, Rodrigo Bacellar também analisou a política estadual e nacional. Para ele, o governo de Wilson Witzel está com “uma grande vontade de mudar, de crescer”, apesar de pouca experiência política. “Ele irá dar uma alavancada, pois está apreendendo rápido e está ‘dando as mãos’ ao parlamento”, disse o deputado.
Sobre a gestão do presidente Jair Bolsonaro, Bacellar foi crítico:
— Eu não sou adepto do governo Bolsonaro, porque ele não conhece o jogo, apesar de ter sido parlamentar por 28 anos. Toda a história política do Brasil mostra que presidente que não se senta com o Congresso caí. Ele tem que ter um traquejo melhor.
Confira: 
 
 

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