Camilla Silva
04/06/2019 18:54 - Atualizado em 06/06/2019 15:27
O número de casos de chikungunya em todo o estado o estado do Rio de Janeiro de janeiro a maio aumentou 52% em relação ao mesmo período do ano passado e os municípios da região Norte e Noroeste continuam realizando ações para diminuir os focos do mosquito Aedes aegypti. Em Campos, moradores continuam realizando denúncias de locais com água parada. O município de Bom Jesus do Itabapoana informou, nesta terça-feira (4), que as casas visitadas pelos agentes de combate a endemias receberão adesivos indicando o resultado da visita. Mesmo com uma morte pela doença confirmada pela superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da secretaria de estado de Saúde (SES), Macaé não fala sobre o caso pelo segundo dia consecutivo.
Um local conhecido pelos moradores campistas foi denunciado por leitores da Folha da Manhã. O chafariz que fica na avenida Pelinca, nessa segunda, estava com água parada. “Um absurdo ficar assim. Tanta campanha para que os moradores cuidem das suas casas e aqui essa situação”, afirmou Luís Viana que passava pelo local. A situação nesta terça permanecia a mesma. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) informou, em nota, que o chafariz da Pelinca, assim como outros locais na cidade, são pontos de ação constante do órgão. "Nos últimos dias, inclusive, uma equipe esteve no local para aplicação de larvicida biológico, que impede a criação de larvas em ambientes com acúmulo de água. Nova ação já está prevista para os próximos dias", completou.
Segundo a Prefeitura, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) intensificou as ações, principalmente, nos bairros e distritos com maior número de casos. O CCZ também está atuando com carro fumacê nos locais com maior incidência. A participação da população de diferentes formas, como o monitoramento das residências, reservando 10 minutos para vistoriar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya é fundamental na prevenção. Outra forma de prevenir é não fazer o descarte de lixo e entulho em terrenos baldios e nem em vias públicas e aguardar a coleta de lixo regular nos bairros.
Em Bom Jesus, a Prefeitura divulgou nas redes sociais que o imóvel que não possuir focos serão indicadas por um adesivo verde. Já as residências fechadas receberão o selo vermelho identificando que não foi possível entrar no local. “O objetivo dessa ação mostrar à população por onde os agentes passaram, se foram ou não recebidos, e quais casas podem possuir focos do mosquito Aedes aegypti”. A cidade decretou situação de emergência por epidemia da doença em maio.
A postagem pede também para que os moradores denunciem qualquer situação de criadouros de mosquito em terrenos baldios ou quintal de imóveis vizinhos. De acordo com o município, os proprietários das casas fechadas poderão agendar as visitas, pelos telefones (22) 3831-4263 ou (22) 99808 – 4808, e, assim, evitar a entrada forçada dos agentes.
Estado - A Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da SES informa que foram registrados, até 28 de maio de 2019, 36.289 casos de chikungunya, com 7 óbitos. No mesmo período de 2018, foram 23.492 casos de chikungunya. A primeira morte na região Norte Fluminense foi registrada em Macaé. A Folha da Manhã entrou em contato com o município nessa segunda e terça-feira, por email e telefone. Mesmo assim, nenhum esclarecimento sobre as circunstâncias da morte e sobre o paciente foram prestados. Em seu site oficial, no entanto, a assessoria de imprensa divulgou que, "nesta semana, as equipes continuam o trabalho de pulverização com carro fumacê para o bloqueio químico do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya".