"MIB: Homens de Preto - Internacional" estreia hoje no Kinoplex
12/06/2019 18:21 - Atualizado em 17/06/2019 20:11
O público de Campos poderá conferir a partir de hoje (13), o filme “MIB: Homens de Preto — Internacional” que chega às salas precedido de ampla campanha publicitária.
Segundo comentários da crítica, a franquia cinematográfica MIB: Homens de Preto, baseada em uma HQ da Malibu Comics, tomou todos de surpresa no final da década de 90 com o primeiro filme dirigido por Barry Sonnenfeld, um dos melhores blockbusters de seu tempo ao unir premissas bizarras de ficção científica com um humor agradável ao grande público. Embora sua primeira sequência, MIB II, tenha deixado boa parte dos fãs desejando uma neuralização, logo em seguida, o conceito foi capaz de voltar à forma mais uma vez com o subestimado MIB 3, um suposto canto de cisne da franquia.
Quem dera fosse assim. Sete anos depois do “encerramento” da trama envolvendo os agentes K (Tommy Lee Jones) e J (Will Smith), chega o reboot intitulado “MIB: Homens de Preto — Internacional”, agora com Chris Hemsworth e Tessa Thompson como os protagonistas dessa nova fase (?) da franquia nos cinemas. Nova, infelizmente, nos piores sentidos: a trama da vez é simplória e sem imaginação.
Aspecto que fez cada um dos originais no mínimo memoráveis, a apresentação de conceitos e personagens já se mostra apressada logo de início em “MIB: Homens de Preto — Internacional”, como se não houvesse algum cuidado ou interesse em tornar este no verdadeiro pontapé de uma nova geração. A atrapalhada introdução sequer sabe sequenciar as cenas e estabelecer um arco central: somos apresentados aos agentes H (Hemsworth) e T (Liam Neeson) em uma missão no presente, e logo depois a um flashback que revela um primeiro contato de Molly (Thompson) com um alien em sua infância. A estrutura problemática do roteiro desde o início pesa sobre a montagem.
Pisque e perderá a entrada de Molly, agora Agente M, na agência MIB, que aqui ocorre sem deslumbramento. Há a esperada piada com Sérgio Mallandro, seguindo a tradição da série de revelar a natureza alienígena de certas celebridades, mas a apresentação dos alienígenas — e o choque de conhecê-los em primeira mão — se limita aos planos gerais e criaturas CGI relativamente genéricas aos dias de hoje, sem sinal da maquiagem criativa e grotesca de Rick Baker. O momento mais inventivo talvez seja o da apresentação de H para M, em que uma alienígena com o poder de desacelerar o tempo “rebobina” sua caminhada em câmera lenta, e isto em si já é pouco inspirado.
A superficialidade — e previsibilidade — da trama arquitetada por Art Marcum e Matt Holloway leva este MIB ao ponto da inércia dramática. Não há engajamento com as personagens porque estão todas lá para cumprirem tipos básicos, e mesmo que a ineptidão de H seja explicada na narrativa, nunca se tem a sensação de que qualquer um deles possuem contextos de fundo como os saudosos J e K já demonstravam através de um simples diálogo. O enredo vazio de Marcum e Holloway se vê forçado a preencher suas lacunas com tiradas improvisadas preguiçosas, como um sujeito que, buscando a atenção que não tem, precisa soltar piadas a cada cinco segundos.
O mesmo se dá com a trilha musical composta por Danny Elfman e Chris Bacon, que reciclam os temas dos outros filmes em arranjos hipertecnológicos. Como o diretor F. Gary Gray pouco faz para tornar suas cenas mais chamativas, com uma fraqueza chocante na execução da ação.
Mesmo quando um mistério de espionagem se estabelece dentro da MIB, qualquer um verá de longe a “reviravolta” proposta por Marcum e Holloway, inclusive por conta da segmentação atrapalhada do prólogo, e a sensação do já visto persistirá.
Continuam em cartaz os filmes “X-Men — Fênix Negra”, “Aladdin”, “Patrulha Canina: Super Filhotes”, “Rocketman” e “Juntos Para Sempre”. (A.N.) (C.C.F.)

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