Prefeitura de Campos amplia estrutura para atendimento no CRDI
Virna Alenca 20/05/2019 16:58 - Atualizado em 27/05/2019 11:29
A nova estrutura de atendimento, viabilizada pela Prefeitura de Campos através da Secretaria Municipal de Governo, começou a funcionar na manhã desta segunda-feira (20), anexa ao Centro de Referência de Doenças Imuno-infecciosas (CRDI). De acordo com o diretor do CRDI, o médico Luiz José de Souza, a nova estrutura tornou o atendimento mais humanizado, já que os pacientes que procuram a unidade com chikungunya são impossibilitados de subirem escadas e se locomoverem. De acordo com o diretor, Campos contabiliza mais de 2.600 casos da doença, em 2019, sendo registrado um aumento significativo em relação ao mês anterior. O município, com índice de 4.4%, saiu da classificação de médio risco para alto risco, conforme resultado do segundo LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti) do ano, realizado durante a última semana.
Foram instaladas bases de apoio, bebedouros e cadeiras, entre outros equipamentos para o acolhimento. Anexas ao CRDI foram montadas quatro salas feitas de estruturas de octanorm, tipo camarim coberto e climatizado, divididas da seguinte forma: duas para o atendimento médico à população e as outras para hidratação e enfermagem. “Aqui, embaixo, tínhamos duas salas e passei para a Secretaria de Governo que precisávamos aproveitar mais o espaço para reforçar o atendimento. Rapidamente agiram e, com isso, o fluxo, que é mais intenso na parte da manhã, acaba tendo uma vazão mais rápida. A nova sala de hidratação conta com cinco cadeiras para hidratar e conter as dores dos pacientes. Foi colocada uma enfermeira na triagem e os casos mais graves são priorizados. Também melhorou a parte administrativa considerando o controle do número de casos”, disse Luiz José, ressaltando que a estrutura foi colocada na última sexta-feira (17) e começou a funcionar nesta segunda.
No CRDI, atualmente, são atendidas em média 300 pessoas por dia. O diretor da unidade reiterou o pedido para os pacientes procurarem as Unidades Básicas de Saúde (UBS), postos 24 horas (Baixa Grande, Morro do Coco, Sapucaia e Tócos) e UPHs mais próximo da residência antes de se dirigir ao Centro de Referência de Doenças Imuno-infecciosas. “No Centro de Referência são atendidos pacientes que estão com mais sintomas e mais tempo com a doença, já que os exames dão positividade somente depois de oito dias. Não estamos tendo dengue e, sim, chikungunya com quadro clínico típico, que são dores articulares, febre e dor no corpo, além de chikungunya com quadro de dengue e a assintomática, que representa 30% dos casos e ajudam a propagar os números”, enfatizou.
Aumento de casos – De acordo com o diretor Luiz José, Campos já contabilizou mais de 2.600 casos de chikungunya, em 2019, tendo um aumento significativo em relação ao mês anterior, quando autoridades de saúde divulgaram o balanço de 2.215 casos, em coletiva de imprensa, na sede da Prefeitura Municipal. Ele ressaltou ainda que a chuva intensa no final de semana tende a favorecer a proliferação do vetor.
A partir do resultado do segundo LIRAa, a Prefeitura de Campos deu início, na sexta-feira (17), aos mutirões de combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da chikungunya, dengue e zika. Os trabalhos serão realizados às sextas-feiras, a partir das 8h, por agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), superintendência de Limpeza Pública (Sulimp), superintendência de Postura e Secretaria de Desenvolvimento Ambiental. O primeiro mutirão aconteceu em Travessão – área que concentra hoje o maior número de casos de chikungunya no município – e Jardim Aeroporto.
 
 

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