Moradores da rua Pero de Góis, no Parque Tamandaré, flagraram um homem agredindo uma mulher, no início da madrugada desta segunda-feira (20), após a saída de um evento realizado na boate Luxx. Em um vídeo gravado pelas testemunhas, o homem, além de xingar, empurra a mulher contra um muro, ameaça e a chuta. 

Um dos moradores da rua, que não será identificado, relatou que a confusão aconteceu por volta da meia-noite. Ele estava dormindo quando escutou os gritos da vítima.

— O tumulto de carros, motos, gritaria e música alta já estava acontecendo. Em meio a isso, ouvi uma moça gritar. A partir daí, cheguei à janela. Até então, só acontecia a agressão verbal. Depois, começaram as agressões físicas, com socos e pontapés — relatou a testemunha.

Após a gravação do vídeo, no entanto, o agressor voltou ao local. “Quando ele retornou, eu comecei a gritar com ele e falei que estava chamando a polícia. Aí, ele foi embora e não voltou”, relatou. Após a saída do homem, um vigia noturno prestou auxílio até que a vítima fosse embora do local. Outras testemunhas, que estavam no evento promovido na boate, relataram que, no estabelecimento, também houve uma briga generalizada envolvendo diversos homens. 

No final da manhã desta segunda-feira (20), a agressão estava sendo registrada na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). No local, as autoridades policiais não forneceram nenhuma informação sobre o caso.

Procurado pela equipe de reportagem da Folha, Amaro Galaxe, um dos proprietários da boate Luxx, disse que não houve briga dentro da casa de shows na madrugada de segunda-feira (20). “Temos um apoio grande da Polícia Militar quanto à segurança no entorno e da Postura com relação aos ambulantes. Este evento de domingo, inclusive, contou com 12 seguranças. Foi um evento light, que terminou cedo, praticamente para convidados e sem nenhum incidente dentro da boate. Trabalhamos da melhor forma para atender nosso público e oferecer toda segurança”, finalizou.  

Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Comdim), a psicóloga Lívia Mota disse que o caso ainda não foi comunicado ao conselho, que tem função de fiscalizar e prevenir reincidência de casos como esse. Ela destacou que, diante de agressões, é importante que a vítima procure o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) a fim de obter apoio de assistência social. Também é recomendado que a mulher busque auxílio jurídico.