O secretário da Saúde de Campos, ex-vereador e médico, Abdu Neme, foi o convidado da primeira edição do Folha no Ar, da Rádio Folha FM 98,3, desta segunda-feira (13). Durante a entrevista, Abdu comentou temas relacionados à Saúde e a política dentro do município, como a nova tática do governo para a eleição de 2020, os novos serviços e equipamentos que vão ser utilizados após um contingenciamento de gastos. O secretário também abordou o recente caso de meningite no presídio Carlos Tinoco da Fonseca. Nesta terça-feira (14), o entrevistado da primeira edição do Folha no Ar será o ex-deputado federal Paulo Feijó.

Para Abdu, sobre a perspectiva em relação à corrida eleitoral do próximo ano, o governo Rafael Diniz deve mostrar o que tem realizado, nos últimos anos, para melhorar o cotidiano da população campista. O secretário acredita que, para isso, é necessário ir às ruas e estar com o povo.

— Nós temos até o final do ano para fazer isso. O prefeito tem que ter o suporte do governo. Não podem estar separados. Às vezes, a avaliação de um governo tem 60% de aprovação e o prefeito, 30% ou 40%. Temos que sair juntos para realizar as tarefas que o povo precisa. Não podemos, ainda mais com as redes sociais, esperar o povo clamar para intervir. O que eu afirmo para vocês é que nós vamos virar esse jogo, mas o meu sonho é, acima de tudo, virar a saúde para o povo, dar melhores condições para a população — acrescentou Abdu, ressaltando ter liberdade, dada por Rafael, para “cuidar da minha secretaria desde que tenha resultado”.

O secretário também expôs os progressos na administração, que, segundo ele, pouparam R$ 100 mil nas folhas. Esse dinheiro, segundo Abdu, será convertido para “atividades e intervenções para as pessoas que mais precisam”. “Vão voltar a ser realizadas de seis a sete cirurgias bariátricas por mês. E, hoje, entregarei ao Hospital Geral de Guarus um aparelho de urólito a laser para retirada de cálculo renal”.

Meningite — Quanto ao caso de meningite divulgado na última semana, o secretário confirmou a gravidade da situação, mas também enfatizou que não havia necessidade de pânico, pois o protocolo estabelecido em casos de meningite foi seguido de maneira rigorosa, tanto na UPA quanto no Hospital Ferreira Machado.

— Eu fiz questão de colocar uma pessoa no HFM para que realizasse uma triagem desde a entrada do paciente até o diagnóstico definitivo da doença. Esse paciente estava no presidio há três dias com febre, vômito, diarreia e dor de cabeça, até ser encaminhado para a UPA, onde foram realizados o primeiro atendimento e uma medicação endovenosa. O paciente apresentou um distúrbio suspeito e foi encaminhado para o HFM. A fim de prevenir contaminação de outras pessoas, pois já havia um possível diagnóstico de meningite, ele foi devidamente isolado e submetido a exames que confirmaram o diagnóstico. Em seguida, ele recebeu todo o tratamento de acordo com o protocolo da meningite e conseguimos uma vaga na UTI, para onde ele foi enviado — explicou Abdu.

Confira a entrevista: