Aberta, no Museu Histórico de Campos, a exposição “Fogo e Traço” faz parte das atividades da 17ª Semana Nacional dos Museus. Com ilustrações de Arthur Maciel e fotografias de Zé Renato Dias, a mostra fica à disposição do público até o final do mês, de terça a sexta-feira, das 10h às 17h; sábados, domingos e feriados de 9h às 14h.
A agressividade conversa com o trabalho dos artistas, ressaltando a polarização que permeia a sociedade. “O elo entre o trabalho dos artistas é uma agressividade de temáticas e traços. São dois artistas novos, que o Museu apadrinha, cumprindo seu papel de dar espaço a novos talentos. A exposição fica aberta até o final do mês e convidamos a todos para conferir estes trabalhos impactantes”, comentou a gerente do Museu, Graziela Escocard.
Zé Renato atua como fotógrafo em Campos há cerca de dois anos e realiza ensaios fotográficos externos com luz natural. Nos últimos seis meses, buscou imprimir uma abordagem social voltada para os dias atuais. A série “Coquetel Molotov” inaugura um caráter conceitual em seu trabalho fotográfico. “É bem emblemático fazer arte no Museu e importantíssimo que ele abra suas portas para os artistas locais. Estamos vivendo um momento que a gente precisa ocupar esses espaços. A série que apresento no Museu Histórico de Campos é a eminência explosiva das relações humanas. Do final do século passado para agora, eu tenho observado que uma característica da sociedade tem se intensificado: as relações sociais estão se dando de uma maneira explosiva, nervosa, inflamável. Inclusive, quando aparentam ser brandas”, afirmou Zé.
Integração — Por sua vez, o Museu Histórico da Faculdade de Medicina de Campos também participa da 17ª Edição da Semana Nacional de Museus, entre os dias 13 e 19 de maio. Este evento, promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), acontece anualmente para comemorar o dia 18 de maio — Dia Internacional de Museus.
Durante essa semana festiva, museus e outras instituições culturais brasileiras desenvolvem uma programação especial para o período, chamando a sociedade para refletir, discutir e trocar experiências sobre o tema sugerido pelo ICOM (Conselho Internacional de Museus), que em 2019 é “Museus como Núcleos Culturais: O Futuro das Tradições”.
O Museu da FMC estará de portas abertas para receber os visitantes de segunda a sexta-feira, em horários pré-agendados, das 9h às 16h, com atrações como: exposição do acervo histórico do Museu e as dependências da instituição. O evento é gratuito e pode ser agendada a visitação individual ou em grupo pelo tel.: (22) 21012929.
O Museu Histórico da Faculdade de Medicina de Campos foi inaugurado em 24 de novembro de 2016 como início das festividades de comemoração do cinquentenário da instituição. O espaço é aberto à visitação para toda comunidade, sendo muito procurado por grupos de egressos nos aniversários de formatura.
A proposta do Museu é contar a história da instituição, com uma linha histórica com marco inicial contemplando o cemitério de Quimbira, que funcionou no mesmo local onde hoje existe a FMC, passando pela Policlínica Admardo Torres, a Maternidade Zina Duarte e o Hospital Infantil Antônio Pereira Nunes, chegando ao ensino médico com a criação da Faculdade de Medicina de Campos, no ano de 1967.
O Museu da FMC foi instalado nas antigas dependências do Laboratório de Microbiologia e Parasitologia e que anteriormente abrigou o Centro Cirúrgico da maternidade Zina Duarte. O acervo do Museu foi constituído por meio de pesquisa na própria instituição, como também em livros e jornais, nos arquivos da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia e na biblioteca particular de Dr. Wellington Paes, entre outros espaços de memória da cidade.