Alerj vai pagar quase 3 mil policiais
Aldir Sales e Arnaldo Neto 06/04/2019 16:06 - Atualizado em 10/04/2019 15:34
Em visita a Campos, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano (PT), disse ontem que o Legislativo Fluminense vai arcar com cerca de R$ 225 milhões para pagar o salário de 2.897 novos policiais militares e 199 papiloscopistas da Polícia Civil que serão convocados pelo Governo do Estado até o final deste ano.
Segundo Ceciliano, o dinheiro é fruto de economia da Casa, que no ano passado chegou a R$ 358 milhões do duodécimo constitucional. O petista informou, ainda, que a previsão para 2019 é de uma economia semelhante.
— No ano passado também devolvemos R$ 120 milhões ao Governo para o pagamento do 13º dos servidores do Estado e ainda vamos ajudar na área da Saúde, para zerar a fila para transplantes de rins, fígado e córnea. É um serviço essencial — declarou.
De acordo com o presidente da Alerj, o cronograma do governo para chamar os policiais será o seguinte: 487 em março; 800 em abril; 450 em julho; 450 em agosto; 400 em novembro e 400 em dezembro, além dos papiloscopistas, com a Assembleia arcando com os salários dos agentes por dois anos.
Polêmicas - Recentemente, a Alerj deu posse a cinco deputados que estão presos por corrupção, o que causou polêmica. No entanto, Ceciliano explicou que a medida teve como objetivo o andamento dos trabalhos na Casa.
— Os deputados presos receberam diploma do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mas ninguém fala nada do TRE. Não há nenhuma ilegalidade. Eles não vão receber salário, não têm direito a gabinete e em seus lugares foram convocados os suplentes. Esses deputados não foram condenados ainda. Se lá na frente forem inocentados? Não se sabe, mas eles foram eleitos. No regimento não havia essa previsão. E o que aconteceu? Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi foram presos em 2017 e continuaram com salários e gabinetes na legislatura passada — explicou. 

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