Ex-presidente Michel Temer vira réu por lavagem de dinheiro em São Paulo
04/04/2019 17:43 - Atualizado em 15/04/2019 20:18
Divulgação
O juiz Diego Paes Moreira, titular da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, aceitou nesta quinta-feira (4) a denúncia feita pela força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-presidente Michel Temer (MDB), a filha dele Maristela Temer, o coronel João Batista Lima Filho e a mulher de Lima, Maria Rita Fratezi. Com a decisão, os quatro agora se tornam réus em uma ação penal pelo crime de lavagem de dinheiro.
A suspeita dos procuradores é que a reforma da casa da Maristela Temer foi financiada com dinheiro desviado das obras da usina nuclear de Angra 3.
A denúncia é desdobramento do chamado inquérito dos portos, que investigou se Temer tinha favorecido empresas do setor portuário com a edição de um decreto. Ela ocorreu 12 dias após o ex-presidente ser preso pela Lava Jato do Rio. Ele foi solto no dia 25 de março após decisão do desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
O caso estava no Supremo Tribunal Federal (STF) e foi remetido para São Paulo em janeiro, quando Temer deixou a Presidência e perdeu o foro privilegiado.
A casa de Maristela Temer tem 350 m² e fica no Alto de Pinheiros, um dos bairros mais valorizados da capital paulista. Em 2014, o imóvel passou por uma grande reforma.
Temer, o ex-ministro Moreira Franco e outras 12 pessoas também viraram réus no Rio de Janeiro, devido a desvios na Eletronuclear na obra de Angra 3, onde Temer responde por peculato, corrupção e lavagem de dinheiro.

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