Estado do Rio registra duas mortes por chikungunya em 2019
Virna Alencar 29/04/2019 15:28 - Atualizado em 04/05/2019 10:44
A secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) confirmou, nesta segunda-feira, duas mortes por chikungunya. Ambos os casos foram registrados na capital. Até o momento foram registrados 15.998 casos no estado, um aumento de aproximadamente 7,7% na comparação com o mesmo período de 2018. Em Campos, autoridades de saúde descartaram situação de epidemia, em coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda, no auditório da Prefeitura. No município, foram contabilizados 2.215 casos da doença em 2019. Na ocasião, foram apresentadas ações de intensificação no combate ao Aedes aegypti, especialmente nos bairros mais afetados: Travessão, Parque Eldorado, Parque Guarus, Centro e Turfe Clube. Outras prefeituras da região também garantem o reforço nas ações.
Segundo a diretora da Vigilância em Saúde, Andreya Moreira, Campos vive um período endêmico desde setembro do ano passado, diferente de epidemia, como registrada em 2018.
— Permanecemos com o vírus circulando sim, mantemos um número que não é desejado, mas esse número ainda dá para conter, com ações intensificadas para evitar uma epidemia. A necessidade de reforço nas ações surgiu a partir do momento em que, entre os meses de junho e julho, se ultrapassou 1.500 casos de chikungunya. Se chegou a 2 mil casos e começou a baixar. Epidemia são vários novos casos de explosão, enquanto em endemia surgem novos casos num período de todos os meses. A circulação se mantém de nível médio para inferior, então, isso diferencia os casos — explicou Andreya.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Abdu Neme, será iniciada uma conduta diferente no distrito de Travessão, onde há a maior incidência das arboviroses. Segundo o diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Marcelo Sales, o próximo Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa) acontecerá na próxima semana e permitirá traçar novas estratégias de trabalho.
O diretor do Centro de Doenças Imuno-infecciosas (CRDI), Luiz José de Souza, orientou que em casos agudos, em que sintomas como febre e dor nas juntas são sentidos nos três primeiros dias, a população deve procurar as unidades de saúde mais próximas de casa, enquanto o CRDI deve ser procurado somente em casos subagudos, depois de oito dias de sintomas.
Dados na região — Em Macaé, no primeiro quadrimestre (dados fechados até 26 de abril), são 680 casos confirmados de chicungunha. A Prefeitura iniciou uma série de ações de combate ao mosquito em diferentes bairros.
Em São João da Barra (SJB), de acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), até o dia 23 de abril, foram 82 casos confirmados de chikungunya, e 369 notificações. O Núcleo de Controle de Zoonoses (NCZ) de São João da Barra também trabalha na eliminação de focos do mosquito.
A Folha entrou em contato com as prefeituras de São Francisco de Itabapoana e São Fidélis e não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
No Rio — Foram registradas duas mortes por chikungunya em 2019 no estado, ambas na capital. No ano passado, foram 18 óbitos e 14.768 casos.

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