Aluysio Abreu Barbosa
02/04/2019 20:16 - Atualizado em 15/04/2019 20:54
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina (DEM/MS), assegurou apoio ao estudo de mudança da classificação climática do Norte e Noroeste Fluminense para semiárido, o que facilitaria linhas de crédito aos os produtores rurais dos 22 municípios das duas regiões. O apoio foi fruto do encontro ontem à tarde, em Brasília, da ministra com os presidentes da Coagro, Frederico Paes; e da Associação Fluminense dos Plantadores de Cana (Asflucan), Tito Inojosa; ao lado do deputado federal Wladimir Garotinho (PSD) e do jornalista Sérgio Cunha, diretor de Comunicação da Fatore e organizador do RioAgro Coop. A ministra foi convidada para o evento, dia 17 de maiom em Campos, na sede da Coagro, em Sapucaia, que marcará a abertura da safra 2019/2020 de cana, com a presença do governador Wilson Witzel (PSC). O encontro de ontem para o convite da ministra, assim como a confirmação de Witzel no evento foram antecipados na coluna Ponto Final do último domingo.
A ministra Tereza Cristina informou que avaliará o Projeto de Lei 1440/2019 apresentado pelo deputado federal Wladimir Garotinho, que trata da mudança da classificação do clima para semiárido. O projeto do político de Campos no Congresso também foi divulgado pelo Ponto Final, na edição do último sábado (30) da Folha da Manhã. A ministra sugeriu a realização de estudo envolvendo as instituições de pesquisa, universidades, que servirá de embasamento para o ministério da Agricultura tomar providências sobre a mudança:
— A atividade da cana representa geração de empregos. Cada usina gera três mil empregos — disse a ministra Tereza Cristina, que vai determinar avaliações para formulação de linhas de créditos específicas para o setor da cana.
Frederico Paes e Tito Inojosa entregaram à ministra da Agricultura estudo da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), que caracteriza a alteração do clima regional. “A mudança da classificação abriria um novo horizonte para o produtor, que teria acesso a linhas de crédito mais baratas para irrigação e plantio”, ressalta Frederico. “Essa seria uma conquista para o produtor, que convive com regime insuficiente de chuvas”, pontua Tito. “O RioAgro Coop vai ser vitrine para a força do agronegócio fluminense ser exposta”, destacou Sérgio Cunha, do Fatore.
Por sua vez, Wladimir enfatizou que está buscando os setores produtivos para que estes possam apresentar “suas demandas, propostas e assim gerar caminhos para gerar empregos e renda para o Estado do Rio”. Ele observou que a mudança para semiárido vai garantir acesso a financiamentos de 1% para irrigação e plantio para todas as atividades do agronegócio, como leite e agricultura familiar. “Só o setor da cana pode sair de 1 milhão de toneladas para 5 milhões de toneladas processadas”, projetou o parlamentar.
A ministra Tereza Cristina disse que eventos como o RioAgro Coop ajudam “o agronegócio a se desenvolver e que merecem todo o apoio”. Ela afirmou que verificará a possibilidade do comparecimento e garantiu a participação de equipes do ministério no evento.
A ministra da Agricultura destacou que o modelo de cooperativismo é o caminho para assegurar investimentos em irrigação. Ela citou projeto no Nordeste brasileiro, que assegurou investimentos para irrigar em modelo de cooperativas.
O RioAgro Coop é um evento realizado pelo Sistema OCB-RJ, unidade estadual da Organização das Cooperativas do Brasil, em conjunto com a Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro), com organização do Fatore. Contará com palestras e debates organizados no módulo “CooperAção” e com exposição de serviços e produtos no módulo “ExpoCoop”, abordando temas cooperativismo, agricultura familiar, bacia leiteira e agrotech.