Matheus Berriel
06/04/2019 14:45 - Atualizado em 15/04/2019 21:15
Uma das celebrações mais tradicionais do interior fluminense, a Festa de São Fidélis, que acontece no final de abril, já tem programação confirmada. Entre as atrações musicais populares, destaque para o show do cantor de pagode Mumuzinho, às 23h do dia 20 (sábado), no palco oficial da praça Guilherme Tito de Azevedo, no Centro da cidade. Também se apresentarão no local: João Gabriel, no domingo (21); Banda Beijo Molhado e Renanzinho, na segunda-feira (22); e Alemão do Forró, na terça (23); todos a partir das 23h. O único show marcado para as 22h é o do cantor católico Davidson Silva, no dia do padroeiro local, quarta-feira (24).
No dia 19, quando é comemorada a emancipação político-administrativa do município, haverá hasteamento solene dos pavilhões municipal, estadual e nacional, às 8h, na praça. A feira de artesanato será aberta neste dia, às 18h. No dia 20, destaque para as aberturas da exposição “Arte Nossa de Cada Dia”, de Cézar Romero, às 20h, na Biblioteca Municipal Corina Peixoto de Araújo, e da mostra de ilustrações “Lendas Fidelenses e do Folclore Nacional ilustradas”, do ilustrador Rodrigo Tannus, às 20h, no Jardim do Solar Barão de Vila Flor.
— Serão 15 desenhos no total, onde alguns retratam as principais lendas da cidade, como a Noiva da Ordem e os Túneis da Igreja. A exposição também tem o intuito de resgatar essas histórias que o povo conta e que, em muitas vezes, a própria população fidelense não conhece. Espero todos lá — escreveu Rodrigo Tannus em seu perfil no Facebook. Todos os desenhos estarão a venda no local com tiragens limitadas e exclusivas.
Ainda no dia 20, também às 20h, será realizado o “Chorando no Museu”, da Escola Amor de Índio, no Museu Corina Peixoto de Araújo.
Haverá novo hasteamento das bandeiras no dia de Tiradentes (21), o “Mártir da Inconfidência”, às 8h. O desfile cívico, escolar e militar será no dia 23, às 16h, na avenida 7 de Setembro. À noite, o projeto social Dançarte apresentará “Uma aventura no fundo do mar”, às 20h, no anfiteatro da Biblioteca Municipal. A tradicional alvorada está marcada para as 5h do dia de São Fidélis, com saída da sede da Associação Musical 22 de Outubro. A banda embalará os participantes pelas principais ruas da cidade. Após o show de Davidson Silva, às 23h30, haverá queima de fogos em homenagem ao dia do padroeiro.
Além da programação cultural, há várias atrações esportivas programadas, desde o dia 14 (domingo). Estão confirmados o Giro São Fidélis de Mountain Bike, a corrida Federal Kids, a Copa Lagostinha de Futebol, torneios de futevôlei e vôlei de areia, o primeiro Boia Cross do Padroeiro, o sexto Encontro de Jipeiros e o terceiro Stand-Up Paddle do Padroeiro. Datas e horários dos eventos esportivos já foram divulgados no site folha1.com.br.
— A Festa de São Fidélis tem uma tradição em nosso município. Ela acontece desde 1781. Quando vieram a São Fidélis para catequizar os índios, por serem devotos de São Fidélis de Sigmaringa, os frades Frei Ângelo Maria de Lucca e Frei Vitório de Cambiasca começaram a construir o templo majestoso que hoje é a Igreja Matriz. Começaram a construir de bambu e aquelas coisas. E nas festas, naquela época, eles juntavam as barracas ao redor da igreja e os fazendeiros vinham com bois, com os animais, e havia aquela troca, o comércio que a gente vê hoje. Daí para cá, a festa acontece até hoje — disse o secretário municipal de Cultura, Ely Corrêa.
Devido à proximidade da data oficial da emancipação político-administrativa com o dia do Padroeiro, as comemorações se misturam:
— São duas datas que as pessoas até ficam confusas. Em 1840, São Fidélis era freguesia de Campos. Num belo dia, o Barão de Vila Flor recebeu a visita do imperador Dom Pedro II, que está retratada no vitral da Igreja Matriz, e, admirando a paisagem, falou: “Que bela paisagem tem São Fidélis para se tornar uma grande vila”. O imperador deu um sorriso e, por ter uma ligação muito grande com o Barão de Vila Flor, falou: “E será!”. E assinou-se o decreto no dia 19 de abril de 1850, criando a Vila de São Fidélis de Sigmaringa, que era a maior vila, abrangendo São Fidélis, Itaocara, Cambuci, Miracema, essa região toda — explicou Ely.