A Câmara de Campos aprovou, nesta quarta-feira, Projeto de Lei 001/2019, que dispõe sobre o piso salarial profissional dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias. Apesar de aprovado por unanimidade, a discussão de uma emenda ao projeto gerou atrito entre os vereadores José Carlos Gonçalves (DC) e Cabo Alonsimar (PTC), que chegou a falar que, entre os 25 parlamentares, havia um “doido”. Já o segundo vice-presidente da Casa subiu à tribuna afirmando que a indireta era para ele, mas que vereadores, hoje de oposição, quando eram de situação não faziam nada que beneficiasse servidores.

De acordo com o projeto, encaminhado pelo Gabinete do prefeito e que atende a uma lei federal, o piso salarial profissional dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias foi fixado em R$ 1.250,00. O valor da remuneração será de R$ 1.400,00 em 1º de janeiro de 2020 e R$ 1.550,00 em 1º de janeiro de 2021.

O Projeto foi apresentado terça-feira. Nesta quarta, o vereador de oposição Eduardo Crespo propôs emenda ao Projeto para que o reajuste fosse retroativo. Porém, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) se reuniu pouco antes da sessão, analisou e definiu que, por criar despesas sem estudo de impacto orçamentário, a emenda nem chegou a ser apreciada em plenário.

Na tribuna, Eduardo Crespo afirmou que a apresentação da emenda naquele horário ocorreu por falta de tempo hábil. Em seguida, José Carlos discursou, falando de vereadores de oposição, que fizeram parte do governo anterior — governo Rosinha — e que não contestavam naquele tempo como fazem agora, como oposição: “querem enganar vocês, cuidado”, disse, se dirigindo ao público composto, em grande parte, por agentes das duas categorias.

Depois, Cabo Alonsimar também falou sobre o assunto, dizendo que, em tempo algum, os vereadores de oposição falaram que não iriam votar a favor do projeto. Disse, ainda, que foi eleito com 1.840 votos e tinha que ser respeitado como tal. De maneira irônica, ainda disse que todos os vereadores agiam de modo correto e entendiam, exceto um “que é doido”.

José Carlos voltou e falou que Alonsimar se referia a ele: “Mas este doido aqui recebeu quase três mil votos nas duas eleições que disputou. Na primeira vez já fui eleito. Mas tem gente aí que tenta há anos, mas só fica batendo na trave”, se referindo a Alonsimar, que assumiu uma cadeira na Câmara no lugar de Linda Mara Silva (PTC), que foi afastada do Legislativo por condenação na Chequinho.