O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) de Campos se reuniu na noite de quinta-feira para discutir os rumos do partido, que tem dois representantes na Câmara: Neném e Dr. Ivan Machado. Ao término do encontro, o presidente provisório da legenda, ex-aliado do ex-governador Garotinho, Edson Batista, postou em rede social apoio ao prefeito Rafael Diniz (PPS). Nesta sexta-feira a Folha não conseguiu contato com Edson Batista.

Na reunião, além do apoio ao governo Diniz, ficou marcada a data da eleição para a presidência do partido. Será em 7 de abril, seis dias antes do fim do mandato provisório: “Dr Edson Batista declara apoio a Rafael Diniz em assembleia geral do PTB e convoca eleição para novo diretório para o dia 7 de abril numa grande composição com os vereadores Neném e Ivan Machado que serão, respectivamente, vices, tendo o Dr Edson Batista com presidente”, informou o ex-vereador na mensagem postada em sua página.

A aproximação do, até então fiel escudeiro de Anthony Garotinho, e o governo Rafael foi confirmada pelo ex-presidente da Câmara ao blog Na curva do rio, na última segunda-feira. No mesmo dia, o ex-governador demonstrou não estar nada satisfeito com a situação.

Segundo Garotinho, o “governo que se diza (sic) verde vai ficando rosa. Ex-secretários, ex-diretores, ex-administradores de bairro, de postos de saúde, de hospitais e por aí vai, além dos vereadores que mudaram de cor da noite para o dia”.

E acrescentou o ex-governador: “Vamos ver a cara de um ex-líder de governo chamado de incompetente e despreparado, agora servindo a quem lhe desqualificou! Vai ser engraçado ver o ex-presidente da Câmara da era rosa ser comandado pelo ex-presidente da Câmara da era verde, quando os dois fizeram pesadas críticas um ao outro”.

Garotinho terminou a postagem: “Vida que segue, na casa de certas pessoas o espelho deve estar quebrado, ou o estoque de óleo de peroba esgotou, falta pouco, muito pouco, para voltarem a sentir o vento gostoso, que a curva da vida e do rio Paraíba levam a Lapa, talvez dessa vez, encontrem a porta fechada”.

Nas redes sociais, especialmente após a declaração de apoio a Rafael, Edson vem sendo atacados por aliados de seu antigo grupo, muitos o chamando de “traidor”. Mas também houve quem o defenda, elogiando a escolha pelo novo destino político.