Suzy Monteiro e Arnaldo Neto
19/03/2019 17:42 - Atualizado em 22/03/2019 17:35
A vereadora Rosilani do Renê (PSC) foi empossada nesta terça-feira na Câmara de Campos. Suplente em 2016, ela assume a vaga que era de Marcos Bacellar (PDT), que deixou o Legislativo por decisão da Justiça Eleitoral. Sua convocação foi marcada por polêmicas e até questionamentos do Legislativo ao Judiciário, sobre a possibilidade de anulação dos votos de Bacellar e novo cálculo do quociente eleitoral, o que daria uma vaga ao suplente José Cláudio de Oliveira Martins (Avante). No fim, foi mantido o entendimento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e Rosilani empossada pelo presidente da Casa, Fred Machado (PPS).
— As expectativas são as melhores. Sei que as lutas são grandes, e grandes são também os desafios. Mas, eu creio que nós conseguiremos fazer algo bom para a nossa cidade, para o nosso povo, e esse é o desejo do nosso coração, estar buscando o melhor para a nossa cidade — afirmou a nova vereadora.
Rosilani diz que não será contra o governo, mas não foi assertiva ao dizer se seria da base governista ou de oposição na Casa. “Eu não torço contra governo. Pelo contrário, torço para que ele seja bem-sucedido. Uma vez o governo seja bem-sucedido, todos nós seremos bem-sucedidos. Então, não sou contra. Mas, lutarei pelo direito do povo, por aquilo que for melhor para o povo. Então, onde estiver o melhor para o povo, com certeza eu estarei junto”, disse.
A vereadora informou, ainda, que vai atuar com o gabinete itinerante, para ouvir as demandas da população em todas as localidades. Questionada sobre a possibilidade do retorno de Bacellar, que recorre ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), voltar para o cargo, Rosilani diz que isso não é o motivo para preocupação. “Nós agiremos de uma forma tranquila. Aquilo que for uma decisão, que seja feita. Dei a minha parte. Aquilo que eu puder fazer melhor, vou fazer, independente do tempo, porque nós estamos aqui para fazer o melhor”.
Rosilani do Renê tem 45 anos, é casada com o empresário Renê Siqueira e tem duas filhas. Sua base eleitoral é em Guarus. Ela recebeu 1.496 votos na eleição de 2016. Com a chegada de Rosilani, o PSC fica com duas cadeiras na Câmara: a outra é a do líder do governo, vereador Genásio.
Já Bacellar teve o registro rejeitado pelo TRE em setembro do ano passado. Seus votos, porém, foram mantidos válidos, a exemplo do que aconteceu com os vereadores da Chequinho, também afastados dos cargos após condenação em segunda instância.
Mesmo assim, José Cláudio recorreu à Justiça, pleiteando a vaga, sob a alegação de que o registro do vereador havia sido negado antes das eleições de 2016. Portanto, seus votos não seriam validados. Porém, a Corte rejeitou o argumento.
No final de fevereiro, o TRE rejeitou Embargos de Declaração do suplente José Cláudio e, depois, comunicou ao Legislativo. A Câmara encaminhou à 76ª Zona Eleitoral questionamento sobre a validade dos votos de Bacellar. Porém, a Justiça esclareceu que deveria ser cumprida a decisão da Corte regional.
Sem sessão — Após a posse de Rosilani, a previsão era de sessão na Câmara. O presidente Fred Machado abriu a sessão ordinária às 17h15. Estiverem presentes, além do presidente e Rosilani, os vereadores Álvaro Oliveira (SD), Cláudio Andrade (DC), Ivan Machado (PTB), Jairinho é Show (PTC) e Paulo Arantes (PSDB). Fred informou que justificaram ausência Josiane Morumbi (PRP), Joilza Rangel (PSD) e Pastor Vanderly (PRB). Diante da falta de quórum, não houve sessão ordinária.