Depois de uma série de comunicações criticadas através do twitter, nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) recebeu, nesta quarta-feira, jornalistas para um café da manhã no Palácio do Planalto. Ele respondeu a questionamentos, como o fato de o policial reformado, apontado como assassino da vereadora Marielle Franco (Psol), morar no mesmo condomínio que ele, na Barra da Tijuca. O presidente disse não se lembrar de Ronnie Lessa. Ele também admitiu ter vetado o nome da especialista em Segurança Pública Ilona Szabó de Carvalho para ser membro suplente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. E ainda disse ter a convicção de que a Reforma da Previdência será aprovada ainda neste semestre.

Sobre o policial Lessa, Bolsonaro afirmou que há outras pessoas que já foram presas em seu condomínio, incluindo uma mulher por tráfico internacional de droga: “Não lembro desse cara. Meu condomínio tem 150 casas”, afirmou. Segundo Bolsonaro, seu filho mais novo, Jair Renan, 20, não confirmou ter namorado uma das filhas do suspeito, como a polícia havia dito na terça. “Meu filho Jair Renan disse naquele linguajar: ‘papai, namorei todo mundo no condomínio, não lembro dessa menina”.

Sobre a revogação da nomeação de Ilona, Bolsonaro disse: “Dei carta branca para os ministros, mas tenho poder de veto, isso foi acertado”, disse Bolsonaro. O presidente disse que Moro tentou convencê-lo da necessidade de ter um outro lado, alguém que discordasse de suas posições. “Ela só concorda com quem tem opinião dela”, justificou.

Questionado sobre o prazo da Reforma da Previdência, Bolsonaro disse que tem a convicção de que no Senado vai ser mais fácil, porque ali há muitos ex-governadores que, nas palavras dele, sabem mais do que ninguém da importância. (S.M.) (A.N.)