Mortes de Marielle e Anderson completam um ano nesta quinta-feira
13/03/2019 22:48 - Atualizado em 15/03/2019 17:49
Uma série de manifestações marcará, nesta quinta-feira, um ano dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Na terça-feira, uma ação conjunta do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), e da Polícia Civil, levou à prisão o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Elcio Vieira de Queiroz, denunciados pelo duplo homicídio e tentativa contra Fernanda Chaves, assessora da parlamentar. Os possíveis mandantes ainda não foram identificados. O delegado Giniton Lages, responsável pelas investigações, foi afastado do cargo. O governador Wilson Witzel (PSC), que recebeu nesta quarta a família de Marielle, disse que ele está “cansado” e passará quatro meses na Itália fazendo intercâmbio.
A vereadora Marielle e Anderson foram mortos em 14 de março do ano passado. A assessora estava no carro, mas sobreviveu. Na denúncia, divulgada quarta-feira, os promotores afirmaram: “É inconteste que Marielle Francisco da Silva foi sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia”, diz a denúncia acrescentando que a barbárie praticada na noite de 14 de março de 2018 foi um golpe ao Estado Democrático de Direito.
Segundo a denúncia, as investigações concluíram, por meio de diversas provas, que Lessa foi o autor dos crimes, tendo efetuado os disparos. Elcio, segundo o MP, foi o condutor do Cobalt utilizado para a execução. Para os promotores, a empreitada criminosa foi meticulosamente planejada durante os três meses que antecederam o atentado. A motivação seria as ações de diretos humanos praticadas pela vereadora.
Nesta quarta, o governador Wilson Witzel recebeu Jurema Werneck e Margaret Huang, diretoras-executivas da Anistia Internacional Brasil e Estados Unidos, respectivamente, além dos pais de Marielle Franco, Antônio Francisco da Silva e Marinete Silva. No encontro, no Palácio Guanabara, Witzel reiterou o compromisso do Governo do Estado com a segunda fase do caso, que, a partir de agora, investigará as motivações e o possível mandante do crime. (S.M.) (A.N.)

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