Na próxima semana, o vereador Jorginho Virgílio (PRP) pretende, junto com o presidente da Câmara Fred Machado (PPS), começar a montar a equipe que atuará na Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) do Fundo de Desenvolvimento de Campos (Fundecam). A informação é do vereador que, inclusive, já convidou dois colegas para participarem: Paulo Arantes (PSDB) e Eduardo Crespo (PR). Este último foi presidente do Fundecam durante a gestão de Rosinha Garotinho (Patriota) à frente da Prefeitura de Campos.

De acordo com Jorginho, a assessoria jurídica já foi indicada e ele pretende dar transparência aos passos da CPI, sem que haja “caça às bruxas”.

— Caso não haja impedimento no rendimento da Casa, diferente do que aconteceu nas CPIs das Rosas e da Odebrecht, a minha intenção é dar publicidade a todo andamento da mesma, inclusive com reuniões e oitivas sendo abertas para imprensa. Como sempre digo: não haverá caças a empresários, ex-gestores, etc. O que vai haver é caça ao dinheiro público. São mais de R$ 400 milhões — disse, acrescentando: “Lógico que se alguém errou voluntariamente ou não, que pague na forma da lei”.

Sobre o convite aos dois vereadores, Jorginho disse que Arantes aceitou o convite. Eduardo Crespo também teria dito que não tinha problema em aceitar. A Folha não conseguiu contato com os dois nesta quarta-feira.

Proposta por Jorginho Virgílio, a CPI recebeu a assinatura de 17 vereadores. Além do próprio Jorginho, assinaram vereadores Silvinho Martins, Marcos Bacelar (que agora está afastado do Legislativo por decisão judicial), Enock Amaral, Cláudio Andrade, Dr. Ivan Machado, Álvaro César, Fred Machado, Genásio, Abú, Igor Pereira, Paulo Arantes, Eduardo Crespo, Marcão (agora secretário de Desenvolvimento Humano e Social), Jairinho É Show, José Carlos e Luiz Alberto Neném.

A abertura do procedimento vai apurar um possível rombo de mais de R$ 400 milhões desde a criação do Fundo em 2001, passando pelos governos Arnaldo Vianna, Alexandre Mocaiber e Rosinha Garotinho.