O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu formalmente nesta segunda-feira (25) o controle israelense das Colinas de Golã, região tomada por Israel da Síria em 1967.
"Isso estava em curso há muito tempo", afirmou Trump, ao lado do premiê Benjamin Netanyahu, que está em visita à Casa Branca, em Washington.
Trump declarou que as relações entre Israel e Estados Unidos "nunca foram tão fortes" e que reconhece o direito de defesa absoluto de Israel face às "agressivas ações" de grupos terroristas e do Irã.
A assinatura do decreto marca uma mudança na política norte-americana e rompe décadas de consenso internacional sobre a região.
O governo sírio qualificou a decisão de Trump como "violação da soberania e da unidade do território sírio", informou a agência Reuters citando uma fonte anônima do Ministério das Relações Exteriores da Síria.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, afirmou que "está claro que o status de Golã não mudou". Para a ONU, continua a valer a resolução do Conselho de Segurança, de 1981, que declarou que a "decisão de Israel impor suas leis, jurisdição e administração nas colinas sírias ocupadas é nula e sem efeito internacional". (A.N.)