Representantes de oito países sul-americanos, incluindo o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, assinaram na tarde desta sexta-feira (22) a Declaração de Santiago, um documento com uma proposta para a criação do Prosul, fórum de desenvolvimento e integração regional, que deve substituir a União das Nações Sul-Americanos (Unasul).
O presidente chileno Sebastián Piñera afirmou que a assinatura do documento "estabelece um compromisso dos presidentes de colaboração, diálogo e integração na América do Sul".
De acordo com ele, o fórum será implementado gradualmente e deve "ter uma estrutura flexível, leve, barata, com regras operacionais claras e um ágil mecanismo de tomada de decisão".
Ele terminou sua declaração no ato de assinatura dizendo que o Prosul vai ser um "fórum sem ideologia, que vai respeitar a diversidade dos países que elegeram seus governos" e que o objetivo é "avançar juntos, melhorar a qualidade de vida e criar mais oportunidades para que todos os habitantes possam seguir com seus projetos de liberdade".
Além de Bolsonaro, assinaram o documento Mauricio Macri (Argentina), Sebastian Piñera (Chile), Mario Abdo Benítez (Paraguai), Martín Vizcarra (Peru), Iván Duque Márquez (Colômbia), Lenín Moreno (Equador) e George Talbot (embaixador da Guiana).
A ideia do Prosul é ser um fórum de desenvolvimento regional para substituir a União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
Com sede em Quito, a Unasul foi formada em 2008 por 12 países da América do Sul com o objetivo de promover a coordenação política, econômica e social da região. A iniciativa surgiu na era de ouro dos governos de esquerda na América Latina com lideranças como Luis Inácio Lula da Silva (Brasil), Michelle Bachelet (Chile), Rafael Correa (Equador), Néstor e Cristina Kirchner (Argentina) e Chávez (Venezuela).
Atualmente, apenas Bolívia, Guiana, Suriname, Uruguai e Venezuela seguem no grupo. Desde abril de 2018, sete dos seus países-membros (Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Paraguai, Peru e Equador) suspenderam sua participação ou anunciaram saída definitiva da organização devido à discordância sobre o seu funcionamento.