Verônica Nascimento
20/03/2019 11:06 - Atualizado em 20/03/2019 18:01
Foi realizada, na tarde dessa terça-feira (19), no cemitério de Cardoso Moreira, a exumação do corpo do bebê que faleceu em dezembro de 2017, ainda na maternidade do Hospital Beneficência Portuguesa, em Campos. Os pais, Michele Teles de Azevedo e Ted Pereira Marques de Souza, suspeitaram que a criança, recém-nascida, tenha sido trocada no hospital e solicitaram a exumação, autorizada em janeiro, pela 1ª Vara de Família de Campos. A informação foi publicada primeiro no blog de Nino Bellieny, hospedado no Folha 1.
A exumação é necessária para a realização de exame de DNA. Segundo a advogada da família, o material da criança foi colhido nessa terça-feira e será encaminhado para laboratório no Rio de Janeiro, cujo resultado é previsto em até 90 dias. A coleta do material dos pais seria agendada para confrontar os resultados de DNA. Na época, a mãe contou que a filha foi encaminhada à UTI Neonatal, acompanhada de um pediatra e duas técnicas de enfermagem. O quadro era de desconforto respiratório, mas foi declarado o óbito causado por um quadro infeccioso e inatividade cerebral. Ela também achou que a criança que morreu era diferente da filha, que havia sido levada para a UTI.
Entre os documentos do hospital — alguns com rasura — com o histórico do atendimento à criança, estavam três anotações diferentes sobre o óbito. A família também constatou a existência de dois números de prontuários diferentes para a mesma recém-nascida, ato não autorizado pelo Código de Ética Médica.