Nesta quinta-feira (14), Dia Mundial do Rim, a Comissão Intra Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos do Hospital Ferreira Machado (HFM), que faz parte do Norte Fluminense Transplante (NF-Transplante), chama atenção da população para um trabalho que desenvolve dia a dia a conscientização sobre a importância da doação. A estimativa é de que, em todo o estado, cerca de 2 mil pessoas estejam na fila de espera por diferentes órgãos.
Deste total, quase a metade se encontra na região, ou seja, cerca de 600. Segundo o presidente da Comissão Intra Hospitalar, o nefrologista Luiz Eduardo Castro, para se ter um ideia da dificuldade em conseguir doador, em 10 pacientes com morte encefálica comprovada, a comissão só consegue permissão da família para que haja doação de 2 a 3 pacientes.
— O trabalho na Comissão dentro do HFM, um hospital de trauma com maiores casos de mortes encefálicas, é permanente. Primeiro se identifica o doador (paciente) e vê se ele oferece condição para doar, porque nem todo paciente com morte encefálica é um potencial doador. A partir daí abre-se um protocolo e a comissão se dirige à família para que ela autorize ou não a doação — explica Luiz Castro.
O presidente da comissão recomenda as pessoas que sentem vontade de ser doador, que falem com a família que, se alguma coisa acontecer a elas, que é seu desejo doar. “Dessa maneira, dificilmente a família deixa de fazer a vontade dessa pessoa. Ou, então, o possível doador pode deixar essa vontade escrita, reconhecida em cartório”, acrescenta o presidente.
Ação em shopping - Mais de 500 pessoas passaram pelo espaço de utilidade pública montado pela Associação Amigos do Rim (AAR), em uma das entradas do Vip’s Center Shopping, para comemorar o Dia Mundial do Rim, celebrado nesta quinta-feira. Aferição de pressão, teste de glicemia e distribuição de material informativo sobre a prevenção de doenças renais, fizeram parte dos serviços oferecidos. A ação faz parte da campanha “Saúde do rim para todos”, da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN).
A presidente da AAR, Greice Vasconcelos e o médico nefrologista Borromeu Piraciaba, acompanharam as ações que foram conduzidas por alunos de enfermagem e da Faculdade de Medicina de Campos, através da Liga Acadêmica de Nefrologia. “A doença renal é silenciosa e precisa ser divulgada, facilitando sua descoberta como forma de evitar que o paciente perca a qualidade de vida. Ações como essa prestação de serviços, representam a importância do acesso à informação, como forma de prevenção”, observou Borromeu.