Mãe de paciente denuncia falta de atendimento médico na Unimed
Catarine Barreto e Virna Alencar 06/03/2019 18:14 - Atualizado em 07/03/2019 16:33
Unimed
Unimed / Antônio Leudo
A falta de atendimento médico no Hospital Unimed, situado na rua Visconde de Itaboraí, no Parque Rosário, em Campos, foi denunciada, na manhã desta quarta-feira (6). Em contato com a Folha da Manhã, Vânia Muliade, mãe de uma paciente de 35 anos que está internada na unidade desde a terça-feira (5), com suspeita de embolia pulmonar, disse que a unidade está sem médico e sem nenhum responsável para realizar exames de ecocardiograma e cintilografia – que permite avaliar o fluxo de sangue nas artérias do coração. Em nota, a Unimed informou que a paciente está recebendo ampla assistência e já passou por exames laboratoriais e de imagem que afastam, até o momento, um diagnóstico de embolia pulmonar.
De acordo com Vânia, a filha dela deu entrada no hospital, na última quinta-feira (28), com muitas dores abdominais e a primeira suspeita era de infecção urinária. “Após uma transvaginal foi constatado de que minha filha havia tido um aborto espontâneo após o embrião ser gerado nas trompas, um caso grave. No sábado, ela passou por uma cirurgia para a retirada das trompas e foi liberada no domingo”, disse.
Vânia Muliade, mãe de uma paciente de 35 anos
Vânia Muliade, mãe de uma paciente de 35 anos / Antônio Leudo
Segundo a denunciante, a paciente começou a passar mal em casa na terça-feira (5) pela manhã, tendo muita falta de ar e dores, sendo levada novamente para o hospital. “Quando chegamos, ela deveria fazer um exame de ecocardiograma e cintilografia, mas não tem médico para fazer o exame e nem um responsável para liberar ela para fazer o exame em outro lugar do convênio. É um absurdo, minha filha com dor e com falta de ar, esperando no quarto e não tem ninguém que possa resolver isso. Eu pago isso aqui, nada é de graça e no mínimo um médico deveria estar aqui para atender os pacientes”, falou dona Vânia.
Ainda segundo o relato, a mulher tem um menino de quatro anos que está em casa e chama pela mãe a toda hora. “Ela nem pode dar um beijo no filho, porque a segurança daqui não permitiu que ela abrisse a porta para se despedir. Foi muita desumana, pois minha filha estava no soro e só queria dar um beijo no filho de despedida, pois sabia que ia ficar”, explicou.
Durante a entrevista, a chefe da hotelaria conversou com Vânia e se comprometeu a resolver a situação. “Estou tomando ciência da situação e vamos resolver isso. Já entrei em contato com os responsáveis para resolver tudo o mais rápido possível, fazendo o melhor para a paciente”, contou.
Também em nota, a Unimed informou que, como a paciente deu entrada com suspeita de embolia, começou a ser tratada inicialmente com medicamentos para combater a mesma. “Amanhã (quinta-feira) a paciente vai ser submetida a um exame complementar e não emergencial de cintilografia. O quadro da paciente é estável e ela vem recebendo todo acompanhamento médico-hospitalar”.
Sobre a não permissão da entrada do filho da paciente, a unidade esclareceu que “dentre as normas do hospital, é permita a visitação por crianças acima de 12 anos. Trata-se de um procedimento de segurança adotado pela unidade hospitalar, que visa a proteção integral da criança. O caso, em específico, será avaliado pelas equipes responsáveis”.

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