É hora de separar os homens dos meninos no Campeonato Estadual do Rio de Janeiro. A última rodada da Taça Rio terá definições importantes para a maioria dos clubes, inclusive Americano e Botafogo, que se enfrentam neste domingo (24), às 16h, no estádio Elcyr Resende, em Bacaxá, distrito de Saquarema. Enquanto o Alvinegro de Campos luta contra o retorno à seletiva, o clube carioca deseja se classificar à semifinal do returno e seguir vivo na briga pelo bicampeonato estadual.

Penúltimo colocado na classificação geral, com apenas cinco pontos, o Americano teve uma reta final de preparação um pouco diferente no Centro de Treinamento Eduardo Viana. Os treinos para enfrentar o Botafogo foram comandados pelo auxiliar técnico Marcinho, pois o treinador Josué Teixeira foi para o Rio de Janeiro em virtude de compromissos no curso que realiza na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A coincidência de datas e a ausência do professor não incomodaram o elenco.

— O Marcinho está com o Josué há muito tempo, eles já se conhecem, o trabalho é o mesmo. O respeito pelo professor também é o mesmo. Não tem esse negócio de desvalorizar algum profissional, muito pelo contrário. É uma reta final, onde todo mundo tem que estar concentrado, focado e determinado só naquilo que é nosso objetivo, jogar bem e vencer no domingo — disse o experiente meia Flamel, homem de criação da equipe campista.

No treino coletivo de sexta-feira (22), acompanhado pela reportagem, Marcinho indicou o retorno do zagueiro Espinho ao time titular. Expulso contra o Boavista, ele cumprir suspensão na derrota para o Bangu, mas deve formar o trio de zaga com Gabriel e Admilton. Espinho entra na vaga de Nathan, que até começou treinando na sexta, pois Flamel foi preservado em boa parte da atividade. A equipe final será definida a partir de Marcinho com Josué, mas é bem provável que o Cano comece com Luiz Henrique; Sanderson, Admilton, Gabriel, Espinho e Rafinha; Matheus, Vandinho e Flamel; Daniel e Romário.

Um dos nomes mais experientes do grupo, o goleiro Luiz Henrique assumiu a função de motivador do elenco. “Vamos entrar só para ganhar o jogo, independente do que acontecer lá”, afirmou numa roda de conversa pré-treino, referindo-se ao confronto entre Madureira e Cabofriense. Além de vencer o Botafogo, o Americano precisa de um tropeço do Madureira para ficar entre os 10 clubes mantidos para as fases principais do Estadual em 2020. “É difícil pra caramba, sabemos que é time grande (o Botafogo). Mas, Deus só quer um pouquinho de fé nossa e Ele vai nos abençoar. Vamos fazer nosso máximo, concentrar para fazer um bom jogo e conquistar a vitória”, completou.

Tentando deixar de lado a preocupação com a arbitragem, presente inclusive na diretoria do Americano, Espinho também pediu foco no resultado:

— Sabemos que é um jogo difícil, como foram os outros, mas eu acho que a gente tem que pensar na vitória, como já vem pensando. Estamos torcendo contra os nossos adversários que estão brigando lá embaixo e eles não estão ganhando, mas nós também não estamos fazendo a nossa parte. Não sei o que está acontecendo. Esse negócio de não jogar em Campos está atrapalhando muito. Não vai servir como desculpa, mas prejudicou muito, como também a arbitragem, que prefiro nem falar mais.