O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem previsão déficit de pessoal para breve. Mais de 2 mil servidores do órgão entraram com pedido de aposentadoria nos primeiros meses de 2019, segundo dados da Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps).
Segundo o site Concursos.com.br, a tendência é que a situação piore nos próximos meses, já que mais 10 mil profissionais também terão condições de se aposentar. Sem autorização de novo concurso para amenizar esse déficit, a autarquia aposta todas as suas fichas no ‘INSS Digital’.
Objetivo do projeto é digitalizar o trabalho dos servidores. A entidade representativa dos servidores, no entanto, aponta que a digitalização causou o acúmulo de mais de 3 milhões de processos, que demoram de seis meses a um ano para serem analisados.
A Fenasps alega que esses números tendem a aumentar caso não haja uma solução a curto prazo. O que pode provocar a descontinuidade dos serviços, como aponta uma auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em 2015.
O dado mais preocupante é que o número de aposentadorias no INSS, apenas nos dois meses de 2019, se equipara aos quantitativos totais de outros anos. A categoria destaca que, à espera de um novo concurso, o INSS procura conter a evasão de servidores com duas alterações no modelo de trabalho.
Uma delas é o teletrabalho. A outra é o pagamento de bônus por produtividade, medida para solucionar o alto número de processos acumulados.
A Fenasps reuniu-se com o novo presidente do INSS, Renato Vieira, no dia 13 de fevereiro. A realização do concurso para a autarquia esteve entre os assuntos abordados. Foi cobrado ao novo presidente o aval para a seleção do INSS, que ainda aguarda aval do Ministério da Economia. Segundo a Federação, Renato Vieira reconheceu a necessidade do pleito.
O pedido do INSS ao Ministério da Economia é para 7.888 vagas: 3.984 delas nível médio, no cargo de técnico, com remuneração de R$5.186,79; 2.212 são para perito e 1.692 para analista, estas carreiras de nível superior, com salários de R$12.638,79 e R$7.659,87.
A solicitação movimentou-se no início de 2019, sendo concluída na Divisão de Concursos Públicos e chegando à assessoria parlamentar. É estudado pelo Governo Federal quais concursos públicos terão autorização concedida. A ideia é autorizar concursos que são, de fato, necessários. O INSS está entre um dos casos mais graves de falta de pessoal e, portanto, pode estar nessa prioridade.
A dica para o pretendente é se manter sempre informado para não perder o prazo da inscrição. (A.N.)