Sergipe possui um patrimônio histórico-cultural considerável. Duas cidades históricas se destacam por serem verdadeiros museus vivos a céu aberto: São Cristóvão e Laranjeiras, cada qual com suas peculiaridades. A primeira é a quarta cidade mais antiga do Brasil e antecedeu Aracaju como capital sergipana.
A segunda ainda preserva seus antigos casarões, frutos de uma época áurea na qual cidade, no auge do ciclo canavieiro, foi chamada de Atenas Sergipana. Laranjeiras abrigava, em séculos passados, uma vida econômica e sócio-cultural pulsante com gabinetes de leituras, clubes de teatros e jornais.
Conhecer as cidades históricas de Sergipe representa uma viagem ao passado de seu povo. Ainda hoje, nas suas ladeiras de pedras, nas informações de seus museus ou em uma breve conversa com moradores mais antigos, a memória histórica é preservada para futuras gerações.
Além do patrimônio material, as duas cidades históricas também são conhecidas por possuírem grupos folclóricos de tradição secular que continuam cantando e recontando a histórias do seu passado em constante diálogo com o presente.
São Cristóvão
A cidade fica localizada a 25 km de Aracaju foi fundada em 1590 e é considerada a quarta cidade mais antiga do Brasil. Com acesso fácil e rápido saindo da capital, o turista pode visitar aquela que foi a primeira capital da então Província de Sergipe Del Rei. Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional — Iphan — preserva um conjunto arquitetônico colonial que encanta pela harmonia e é um verdadeiro mergulho no passado.
Laranjeiras
Fica situada a 20 km ao norte de Aracaju e é, assim como São Cristóvão, reconhecida como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Surgiu com a ocupação do Vale do Cotinguiba — região marcada pelo grande número de engenhos e o plantio da cana-de-açúcar.
Desde sua origem Laranjeiras contou com a presença dos padres jesuítas que construíram, em 1701, a Igreja e a Casa do Retiro, sua primeira residência. Torna-se, na época, um importante centro comercial onde foi criada a primeira alfândega de Sergipe e um porto fluvial de intensa movimentação. A cidade atingiu seu maior esplendor no século XIX.