Livro mapeia mídia do interior
Matheus Berriel 11/03/2019 19:29 - Atualizado em 13/03/2019 18:02
Apenas 14 dos 71 municípios que compõem o interior do estado do Rio de Janeiro concentram mais de 60% das emissoras de televisão, estações de rádio, jornais diários, demais periódicos impressos e sites de notícias de todo o território em questão. O levantamento foi feito pela jornalista, professora e pesquisadora Jacqueline Deolindo, que lançará nesta quarta-feira (13) seu livro “O negócio da mídia no interior”, em evento marcado para as 20h, na sede da Associação de Imprensa Campista (AIC). O prédio está localizado na rua Tenente Coronel Cardoso (antiga Formosa), número 430, no Centro de Campos.
De acordo com Jacqueline, “O negócio da mídia no interior” traz uma análise da localização, da estrutura de mercado, da conduta empresarial e do desempenho social e financeiro dos jornais diários e sites de notícias que funcionam fora da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Em diferentes fases da pesquisa, foram visitados e entrevistados gestores de jornais diários impressos e sites de notícias em 14 cidades de diversas regiões do estado do Rio. Campos aparece em destaque no mapa hierárquico da produção midiática no interior fluminense.
— Quando fiz a pesquisa, havia 14 jornais impressos e mais de 30 sites. Eu decidi "recortar", ou seja, metodologicamente, delimitei o número de visitas e estive em 10 sites e 10 jornais em 14 cidades do interior. Chegar a esses resultados foi um parto normal com dor e muito movimento, mas o mapa, vocês lerão no livro, faz todo sentido — disse Jacqueline.
Entre os municípios do interior fluminense com jornal impresso está Campos, que conta com a Folha da Manhã. Os sites de notícias também estão presentes na planície goitacá, entre eles o Folha1, integrante do Grupo Folha de Comunicação. Várias outras cidades também possuem sites com conteúdo noticioso.
— É inegável o avanço na quantidade e na qualidade das contribuições acadêmicas e jornalísticas no entrecruzar-se dos planos da comunicação e da geografia com recortes de região ou de interior a partir da primeira década de 2000, como atestam, por exemplo, os estudos de Fadul e Gobbi (2006) e, depois, de Aguiar (2016), Pinto (2017) e Lobato (2017). Agora se agrega a esse ponto de interseção “O negócio da mídia no interior”, que dá fôlego a investigações circunstanciadas sobre o funcionamento de meios de comunicação locais e suas estruturas econômico-organizacionais, com a contribuição de outra área, a economia de mídia — escreveu a jornalista e professora Sonia Virgínia Moreira, responsável pelo prefácio do livro.

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