Mangueira é campeã do Carnaval 2019
Matheus Berriel 06/03/2019 18:10 - Atualizado em 08/03/2019 15:36
Pela 20ª vez na história, a Mangueira foi a grande campeã do Carnaval do Rio de Janeiro. Com um enredo homenageando a vereadora Marielle Franco (in memorian) e as minorias, a Verde e Rosa totalizou 270 pontos e confirmou o favoritismo apontado pelo professor e pesquisador Marcelo Sampaio, que cobriu os desfiles na Marquês de Sapucaí pela Folha da Manhã. Retornando ao Grupo Especial, a Unidos do Viradouro, de Niterói, terminou em segundo na apuração de ontem, com 269,7. Imperatriz Leopoldinense e Império Serrano acabaram rebaixadas, com 266,6 e 263,8, respectivamente.
— A Mangueira foi muito feliz ao decidir desenvolver o enredo “História pra ninar gente grande”, do carnavalesco Leandro Vieira, contando o lado não-oficial da história do Brasil. O samba de excelente nível da parceria comandada por Deivid Domênico, com o auxílio luxuoso da bateria pulsante do mestre Wesley, impulsionou não só os componentes como o público e a evolução da escola foi verdadeiramente emocionante do início ao fim — opinou Marcelo Sampaio.
Líder na apuração de ponta a ponta, a Mangueira gabaritou os quesitos de evolução, harmonia, mestre-sala e porta-bandeira, comissão de frente, samba-enredo e bateria. A escola tirou apenas três notas 9,9, mas todas foram descartadas, confirmando também os 30 pontos em alegorias e adereços, enredo e fantasia.
Segunda escola mencionada por Marcelo Sampaio como cotada a brigar pelo título, a Unidos da Tijuca acabou decepcionando na apuração. Com 268,8 pontos, ficou apenas em sétimo, fora do desfile das campeãs. Além da Mangueira e da Viradouro, as outras escolas que retornarão à Sapucaí no próximo sábado (9) serão Vila Isabel, Portela, Salgueiro e Mocidade Independente.
Com o título deste ano, a Mangueira encurtou para dois a desvantagem em relação à líder Portela, campeã em 22 oportunidades. Terceira colocada na lista das maiores vencedoras, com 14 títulos, a Beija-Flor amargou um 11º lugar, pior resultado desde que retornou ao grupo principal, em 1974, quando ficou em sétimo, colocação repetida nos anos de 1975, 1992 e 2014.
O rebaixamento do Império Serrano foi antecipado por Marcelo Sampaio. A Paraíso do Tuiuti, também citada como postulante à queda, ficou em oitavo na classificação oficial, com 268,5.

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