A Folha da Manhã acompanhou a abertura dos desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro, na Sapucaí. Desde sexta-feira (1), quando os candidatos da Série Ado Carnaval carioca iniciaram a festa, a Folha está representada no sambódromo pelo professor e pesquisador Marcelo Sampaio e sua esposa, Yoná Alves Sampaio. Nesse domingo (1), sete escolas desfilaram, são elas: Viradouro, Beija-Flor e Salgueiro, Império Serrano, Grande Rio, Imperatriz e Unidos da Tijuca.
Marcelo Sampaio, em entrevista de manhã por telefone à rádio Continental, indicou como favoritas ao título de campeã da Série A Acadêmicos do Cubango e Estácio de Sá. Agora à tarde foram divulgados os resultados das duas mais importantes premiações extraoficiais do Carnaval do Rio de Janeiro que bateram com as dele. O Estandarte de Ouro do jornal O Globo escolheu a Acadêmicos do Cubango e o SRzd do portal carnavalesco do jornalista Sidney Rezende premiou a Estácio de Sá.
Veja como foi cada desfile:
Império Serrano
Império Serrano
Império Serrano
Império Serrano
A Império Serrano optou em levar para a avenida o enredo “O que é, o que é?”, música composta por Gonzaguinha e gravado no seu disco “Caminhos do coração” de 1982. Antes mesmo de começar o desfile a escola cometeu o equívoco de não escolher um samba-enredo e sim desfilar com a própria música que é o tema do seu enredo. Apesar dos componentes entrarem com a força da tradição imperiana, o carnavalesco Paulo Menezes não apresentou um desenvolvimento muito claro da sua proposta artística.
Viradouro
Viradouro
Viradouro
Viradouro
A Unidos do Viradouro retorna ao Grupo Especial e trouxe de volta o carnavalesco Paulo Barros, que escolheu o enredo “Viraviradouro” que foi uma viagem pelo mundo mágico de seres, divindades e deuses com poderes extraordinários. O intérprete Zé Paulo Sierra jogou o samba para cima o que contagiou os componentes e empolgou o público. Chamou a atenção além da fantástica bateria do mestre Ciça, o capricho estético de fantasias e carros alegóricos.
Grande Rio
Grande Rio
Grande Rio
Grande Rio
A Acadêmicos do Grande Rio pisou na avenida com o intuito de apagar a péssima impressão deixada ano passado quando protagonizou uma virada de mesa para não ser rebaixada. Para tanto o casal de carnavalescos Márcia e Renato Lage escolheu o enredo “Quem nunca? Que atire a primeira pedra” propondo uma discussão sobre educação, convivência e jeitinho brasileiro. O samba encabeçado pelos feras Moacyr Luz, Cláudio Russo e André Diniz possui letra bem ousada.
Salgueiro
Salgueiro
Salgueiro
Salgueiro
A Acadêmicos do Salgueiro sacudiu a avenida com o enredo “Xangô” do carnavalesco Alex de Souza que falou sobre esse orixá que é responsável pelos raios, trovões e fogo. A devoção a essa entidade do Candomblé que luta contra o mal e a favor da justiça foi embalada por um samba forte e muito cantado pelos seus componentes. O excelente casal de mestre-sala e porta-bandeira Sidclei Santos e Marcella Alves encarnou perfeitamente mais esta homenagem afro, sempre exitosa na escola.
Beija-Flor
Beija-Flor
Beija-Flor
Beija-Flor
A Beija-Flor reverenciou os seus 70 anos através do enredo “Quem não viu, vai ver... As fábulas do Beija-Flor” desenvolvido por uma comissão de Carnaval da qual faz parte o carnavalesco Cid Carvalho. Relembrou vários desfiles que marcaram a sua história embalada por um samba aquém das suas tradições, mas que foi bem melhorado pelo intérprete Neguinho da Beija-Flor e pela bateria comandada pelos mestres Plínio e Rodney. O seu ex-diretor de Carnaval Laíla apareceu entre os lembrados no abre-alas.
Tijuca
Tijuca
Tijuca
Unidos da Tijuca
A Unidos da Tijuca apostou alto na contratação de Laíla para ser seu diretor de Carnaval, que volta à escola depois de 23 anos e trouxe com ele o carnavalesco Fran Sérgio. Com o enredo “Cada macaco no seu galho. Ó, meu pai, me dê o pão que eu não morro de fome” falou da esperança em dias melhores através da história e simbologia do pão. O samba de altíssimo nível composto por Márcio André, Júlio Alves, Daniel Katar, Diego Moura, Doutor Jairo, Nego, Elias Lopes e Júnior Trindade ficou uma obra-prima ao som da genial bateria do mestre Casagrande.
Equipe do Grupo Folha da Manhã no sambódromo carioca
Marcelo Sampaio na pista do Setor 1 com o Jorge Castanheira, presidente da LIESA que é a entidade organizadora dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro
Márcia Alessandra Maciel mulher do Alex Ribeiro, filho do saudoso campista e imperiano de fé Roberto Ribeiro, com a Yoná Alves Sampaio momentos antes do desfile do Império Serrano.