Suzy Monteiro
16/02/2019 15:56 - Atualizado em 20/02/2019 18:40
A Câmara de Campos retoma aos trabalhos no plenário na próxima terça-feira (19), após dois meses de recesso. E volta cheia de mudanças, com nova presidência, novo vereador e promessa de sessões mais dinâmicas e cumprimento de horário. O período de “férias”, porém, não foi de descanso ou tranquilidade. O chamado G5, que chegou a ser 6, se dissolveu e vereadores lavaram roupa suja em rede social.
No dia 2 de janeiro, a Mesa Diretora eleita para o biênio 2019/2020 tomou posse e conta com o presidente Fred Machado (PPS), primeiro vice-presidente Abdu Neme (PR), segundo vice-presidente Marcelo Perfil (PHS), primeiro secretário José Carlos (DC), segundo secretário Igor Pereira (PSB), primeiro suplente Neném (PTB) e segundo suplente Pastor Vanderly (PRB).
Por dois anos líder da bancada governista, Fred tem dedicado este período para arrumação administrativa e já anunciou alguns cortes, como nos lanches e carros do Legislativo. Pretende, também, mais agilidade nas sessões.
- Estamos encerrando o recesso parlamentar e na próxima terça-feira, dia 19, teremos sessão ordinária com início às 17h. Estamos trabalhando junto aos vereadores para que as sessões possam ser mais dinâmicas, limitando o número de moções, conforme previsão do Regimento Interno, para que possamos discutir os temas mais importantes para a população. Também irei frisar junto aos vereadores o horário de início das sessões, em respeito à população que vem à Casa de Leis e que acompanha pela TV Câmara. Com certeza terei o apoio dos nobres colegas e faremos um ano legislativo com trabalho em prol da população campista - afirma.Fred.
Líder da situação, o vereador Genásio aponta mais mudanças no início deste segundo biênio, mas nas composições das comissões, que passaram por algumas alterações. Como prioridade, ele fala na criação da Comissão de Ética.
Na oposição, o líder Álvaro Oliveira (SD) diz que a prioridade é o município todo: “Mas não há nenhuma programação específica. Será o que estiver sendo mais entilado na semana. Com certeza deve vir o assunto da água, entre outros. Foram muitos assuntos tratados ao longo deste recesso e que serão levados ao debate”, conclui.
Posse de Fábio Almeida será amanhã, às 16h - Presidente da Câmara de Campos até o ano passado, Marcão Gomes (PR) não continuará no Legislativo. Ele aceitou o convite do prefeito Rafael Diniz e é o novo secretário de Desenvolvimento Humano e Social. Marcão substitui a socióloga Sana Gimenes, agora presidente da Fundação Municipal da Infância e Juventude (FMIJ).
Amanhã (18), às 16h, toma posse o suplente da coligação PPS-Rede-PV, Fábio Almeida, o Fabinho, que irá ocupar a vaga de Marcão. Até então Fabinho era presidente da Empresa Municipal de Habitação (Emhab).
Eleito pela Rede, Marcão mudou de partido, filiando-se, ano passado, ao PR. O antigo partido e o suplente da Rede contestaram na Justiça Eleitoral. Porém, sem resultado até o momento, o Legislativo cumprirá o disposto em lei e convocará o suplente da coligação - que uniu os três partidos na disputa de 2016.
Mas a dança das cadeiras ainda pode continuar. O vereador Marcos Bacellar (PDT) já teve recurso rejeitado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e seu afastamento até publicado no Diário Oficial da Justiça Eleitoral em novembro. Ele continua no cargo por ter entrado com novo recurso na própria Corte regional.
Roupa suja lavada em rede social e fim do G5 - As polêmicas também marcaram o recesso parlamentar. Jorginho Virgílio (PRP) resolveu disparar, no Facebook, contra os colegas da Câmara, fazendo denúncias, sem citar nomes: “Tem vereador em Campos que precisa definir se é político ou empresário... Usar do cargo de vereador pra colocar sua empresa e de amigos e parentes pra ganhar dinheiro público não tá certo... Vou começar dar nome aos ‘bois’ e denunciar no Ministério Público... Tem um assessor de um vereador que foi acusado de construir um abrigo de passageiros BILIONÁRIO E SUPERFATURADO em Guarus no governo Alexandre Mocaiber”.
A postagem desagradou aos demais vereadores por lançar suspeita sobre todos. Após áudio da vereadora Joilza Rangel (PSD) em que ela criticava a atitude de Jorginho, ele voltou às redes e chegou a citar um filho da vereadora. Um seguidor disse que levou o caso ao Ministério Público. Depois disso, Jorginho afirmou que não seria pressionado e só revelará nomes se for convocado.
Em meio a isso tudo, o G5 - grupo independente, mas de apoio ao governo Rafael Diniz - chegou ao fim. Anunciaram a saída de Igor Pereira (PSB) e Silvinho Martins (PRP) e, logo depois, o próprio Jorginho.