Vereador Jarédio Azevedo, de São Francisco de Itabapoana, é preso
Arnaldo Neto 12/02/2019 22:41 - Atualizado em 15/02/2019 18:59
Vereador Jarédio chega à 134ª DP / Foto: Filipe Lemos / Campos 24 horas
Vereador Jarédio chega à 134ª DP / Foto: Filipe Lemos / Campos 24 horas
O vereador Jarédio Azevedo (SD), de São Francisco de Itabapoana, foi preso no final da tarde desta terça-feira (12). Ele foi levado para a 134ª Delegacia de Polícia (Centro), em Campos, e depois encaminhado ao presídio Carlos Tinoco da Fonseca. O vereador é acusado pelo Ministério Público da prática dos crimes de corrupção e coação de testemunhas. Também foi preso Wagner Marins Gomes, que seria ex-assessor do parlamentar. A prisão preventiva foi decretada pelo juiz de SFI, Alexandre Rodrigues de Oliveira.
A decisão tem relação com o processo no qual Mateus Barreto Azevedo, irmão de Jarédio, é acusado pelo homicídio Sérgio Roberto Balbino de Souza, que foi assassinado no final de setembro de 2016, nas proximidades de um comício, na área central do município. Mateus continua preso. De acordo com a nova decisão judicial, “há fortes indícios de que os denunciados (Jarédio e Wagner) tentaram coagir e subornar as testemunhas do processo”.
Os inspetores e promotoria de São Francisco tiveram auxílio do Grupo de Apoio à Promotoria (GAP) do Ministério Público de Campos, que localizou o parlamentar no município.
No entanto, esta não é a primeira vez que Jarédio teve a prisão decretada. No ano passado, o mesmo juiz Alexandre Rodrigues de Oliveira determinou que o parlamentar fosse preso, mas em outro processo da Justiça Eleitoral.
Jarédio é acusado de compra de votos e falsificação de documentos na prestação de contas da campanha de 2016. No entanto, um vídeo apresentado à Justiça mostra o advogado do réu em contato com uma das testemunhas do processo. Segundo o MP, ele a induziu a prestar depoimento. Uma das medidas cautelares impostas a Jarédio o proibia de contato direto ou indireto com as testemunhas da ação. No caso, o diálogo do advogado com a testemunha é enquadrado como contato indireto.
O vereador também foi afastado do cargo e ficou foragido da Justiça por quatro meses. Neste tempo, o parlamentar do SD continuou recebendo o salário da Câmara. No entanto, no dia 4 de dezembro do ano passado, as duas restrições foram revogadas. No retorno à Câmara, em articulações nos bastidores, quase foi eleito presidente para este biênio. No entanto, a sessão em que ele foi colocado como candidato à presidência da Casa, não chegou a ocorrer.
Paulo Veiga/ InterTv

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