Condenado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), em primeira em decorrência da operação Chequinho, com processo em curso oriundo da operação Caixa d’Água e com inelegibilidade por oito anos confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-governador Anthony Garotinho já se lançou pré-candidato ao Governo do Estado em 2022. Ele garantiu aos seguidores em rede social que reverterá decisões negativas em Brasília e deverá concorrer à sucessão do governador Wilson Witzel (PSC), que assumiu no último dia 1º de janeiro.
Garotinho também afirmou que deve ir para o Pros, partido em que está sua filha Clarissa, deputada federal, anunciada como pré-candidata à sucessão de Marcelo Crivella (PRB). Caso isso se confirme, Garotinho deixará o PRP, que o acolheu quando foi desligado do PR, no início do ano passado.
Em novembro de 2017, Garotinho foi preso na operação Caixa d’Água, junto com a ex-governadora Rosinha e ex-membros do governo municipal. Na ocasião também foram presos o então presidente nacional do PR, Antonio Carlos Rodrigues, e o genro deste, Fabiano Alonso.
Antes disso, o ex-governador já havia sido preso em mais duas ocasiões: a primeira, em 16 de novembro de 2016, no decorrer das investigações da operação Chequinho. A segunda, em 13 de setembro de 2017, quando foi condenado na Chequinho a nove anos, 11 meses e 10 dias de prisão por corrupção eleitoral, repetida 17 515 vezes, associação criminosa, supressão de documento e coação no curso do processo. Em 17 de abril seguinte, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar impedindo que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) julgasse o caso.
Outros planos — O ex-governador também disse que a disputa de seu grupo em Campos, para 2020, ficará entre Rosinha, hoje também inelegível, e Wladimir Garotinho, seu filho e deputado federal. E disse que Clarissa está sendo preparada para disputar a sucessão de Marcelo Crivella.