Promotor deixa caso de Flávio Bolsonaro e ex-assessor
05/02/2019 23:42 - Atualizado em 07/02/2019 15:08
Flávio Bolsonaro
Flávio Bolsonaro / Divulgação
O promotor de Justiça Cláudio Calo, do Ministério Público estadual do Rio de Janeiro (MP-RJ), informou, nesta terça-feira, que não investigará o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e seu ex-assessor e ex-motorista Fabrício Queiroz. Ambos são citados em documento do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em que apresentam movimentações bancárias atípicas. O caso, que estava com a coordenação da 1ª Central de Inquéritos da Capital, foi encaminhado, segunda-feira, para a 24ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal (PIP). A mudança ocorreu porque alguns dos investigados perderam o foro por prerrogativa de função estadual. Com isso, as investigações ficariam a cargo de Cláudio Calo. Porém, repercutiu negativamente pelo fato de Calo já ter compartilhado postagens de Flávio Bolsonaro e até comentado o assunto em redes sociais.
Cláudio Calo se declarou impedido de atuar no caso após encontro com o senador. De acordo com o promotor, “após profunda reflexão jurídica, em respeito à imagem do MP-RJ e às investigações, até mesmo diante da repercussão que o episódio vem tendo na mídia, juridicamente entendi ser mais oportuno que a investigação sobre o senador Flávio Bolsonaro seja conduzida pela Promotoria de Justiça de Investigação Penal tabelar. Não se trata de declínio de atribuição, pois a atribuição, como se sabe, é da 24ª PIP, mas trata-se de questão de cunho pessoal”, informou em nota.
O primeiro relatório do Coaf sobre o caso apontou operações bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Alerj.
O documento revelou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, incluindo depósitos e saques. (S.M.) (A.N.)

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