Ameaças e prisões no retorno da Alerj
05/02/2019 23:42 - Atualizado em 13/02/2019 14:27
O ano na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) começou quente. Na segunda-feira, o presidente da Casa, deputado André Ceciliano (PT), e a deputada Dani Monteiro (PSOL) relataram terem recebido ameaças. Em março de 2018, a vereadora Marielle Franco (PSOL) foi assassinada junto com o motorista Anderson Gomes. Os crimes continuam sem solução. Nesta terça-feira, aconteceu a abertura dos trabalhos com a presença do governador Wilson Witzel (PSC) e do vice-governador Cláudio Castro (PSC). Seis dos deputados eleitos em 2018 estão presos.
André Ceciliano afirmou em entrevista ao RJ2 que está com escolta porque é ameaçado de morte pelo prefeito de Japeri, Carlos Moraes (PP). Segundo Ceciliano, as ameaças de Moraes, preso por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas, foi feita até mesmo na prisão.
Já a deputada disse em postagem nas redes sociais que o carro dela foi pichado com ameaças no dia 1° de fevereiro, após posse na Alerj. Segundo a assessoria da deputada, a polícia já solicitou registros de imagens aos prédios vizinhos, mas ainda não há data para que o material seja periciado.
Na primeira reunião de líderes partidários, a Alerj discutiu uma solução para a questão dos deputados presos. No total, seis dos parlamentares eleitos foram parar atrás das grades. Três deles pediram ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) para serem empossados, mas a Justiça determinou que a decisão deve ser tomada pela própria Alerj.
O presidente da Casa defendeu a apresentação de um projeto de resolução para que os presos sejam empossados e imediatamente licenciados, sem direito a salários ou gabinetes. Com isso, os suplentes os substituiriam até uma decisão definitiva da Justiça. Isso porque os seis deputados estão em prisão preventiva. Eles ainda não foram sequer denunciados e podem ser absolvidos, no entendimento da Alerj.
Durante discurso na Alerj, Witzel pregou diálogo com os parlamentares. (S.M.) (A.N.)

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