Pelas redes sociais, um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSC), criticou os sete deputados estaduais do PSL – entre eles, o campista Gil Vianna – que se abstiveram e não votaram contra a candidatura do petista André Ceciliano, que foi eleito presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) no último sábado. Toda a articulação dos parlamentares do partido foi feita pelo irmão de Carlos, o senador Flávio Bolsonaro (PSL), e apesar do aparente racha na família, Gil Vianna prega a harmonia na Casa Legislativa.
— A abstenção foi combinada entre os deputados do partido lá atrás, mas, infelizmente, alguns foram contra a orientação do partido. Mas tranquilo, já que não muda em nada. Estamos iniciando uma nova legislatura e precisamos de harmonia na Alerj — declarou o campista.
Além de Gil, também votaram pela abstenção os deputados do PSL Alexandre Knoploch, Coronel Salema, Doutor Serginho, Gustavo Schmidt, Márcio do seu Dino e Rodrigo Amorim. Contrários à candidatura de Ceciliano foram Alana Passos, Anderson Moraes, Filippe Poubel, Márcio Gualberto e Renato Zaca.
— Eu não sou do PSL, mas me pergunto: O que leva um deputado estadual do PSL que se elegeu graças a Jair Bolsonaro a se abster na votação da presidência da Alerj tendo uma eleição de chapa única do PT? Qualquer um que tenha bom senso sabe a resposta. Sem novidades! — declarou Carlos Bolsonaro no Twitter.
Com 12 deputados, o PSL tem a maior bancada da Alerj, mas a divisão dentro do partido impediu a formação de uma candidatura de oposição a Ceciliano, uma vez que eram necessários 13 deputados para formar a mesa diretora. Após a eleição, Flávio Bolsonaro disse que tinha como objetivo tirar o petista da presidência do Legislativo.