Deputados federais tomam posse em Brasília
Aldir Sales 01/02/2019 19:27 - Atualizado em 04/02/2019 15:57
Confusão atrás de confusão. O Congresso Nacional ficou marcado nos últimos anos por cenas grotescas proporcionadas pelos parlamentares. E nesta sexta-feira, primeiro dia da nova legislatura, não foi diferente. Dentro do esperado, Rodrigo Maia (DEM) foi reeleito presidente da Câmara dos Deputados com ampla vantagem. Já no vizinho Senado Federal, a eleição não chegou nem mesmo a começar em uma sessão marcada por brigas, ofensas, pressão e até mesmo da retirada à força de documentos das mãos do presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Após a suspensão dos trabalhos, proposta por Cid Gomes (PT-CE), a sessão deve ser retomada neste sábado, às 11h.
Em meio a toda confusão, quatro deputados federais da região também tomaram posse em Brasília: Christino Áureo (PP), Felício Laterça (PSL) e os irmãos Wladimir (PRP) e Clarissa Garotinho (Pros) – única que não estreia na Câmara – acompanhados dos pais Anthony e Rosinha Garotinho.
O clima tenso nos bastidores do Senado se concretizou em uma sessão marcada pelo tumulto no plenário da Câmara Alta. O primeiro ponto de divergência foi a condução dos trabalhos por Alcolumbre. Uma ala defendia que ele não presidisse a sessão por ser candidato a presidente. Outra queria a suspensão da sessão a fim de que os parlamentares chegassem a um acordo sobre quem passaria a conduzir a sessão. No meio da confusão, os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Tasso Jereissatti (PSDB-CE) quase saíram no tapa.
A maioria dos senadores decidiu pela votação aberta, para que seja público quem cada parlamentar escolheu. A medida desagradou o grupo de Calheiros, que chamou Alcolumbre de “canalha”.
Em um momento mais tenso da sessão, a senadora Kátia Abreu (PDT-TO) chegou a ocupar a Mesa Diretora e tomou das mãos de Alcolumbre a pasta na qual estavam os documentos referentes à sessão.
Já na Câmara, a votação transcorreu com enorme tranquilidade. Maia recebeu 334 votos dos 512 e defendeu reformas “pactuadas” e “modernizantes”. Fábio Ramalho (MDB-MG) teve 66 votos. Em seguida, Marcelo Freixo (Psol-RJ), com 50; JHC (PSB-AL), com 30; Marcel van Hattem (Novo-RS), com 23; Ricardo Barros (PP-PR), com quatro; e General Peternelli (PSL-SP), com dois.

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