Polícia Civil faz operação para prender suspeitos de ligação com milícia no RJ
14/02/2019 10:07 - Atualizado em 20/02/2019 19:01
Reprodução - TV Globo
A Polícia Civil do RJ tenta prender, nesta quinta-feira (14), 20 suspeitos de ligação com a maior milícia em atividade no estado. A Operação Volante também cumpre 18 mandados de busca e procura sequestrar quase R$ 5 milhões em bens da quadrilha, como imóveis em condomínios na Zona Oeste do Rio.
Um dos alvos é Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, irmão de Wellington da Silva Braga, o Ecko, herdeiro da Liga da Justiça, milícia que atua na Zona Oeste do Rio e em pontos da Baixada Fluminense. Ambos são considerados foragidos.
Até as 9h30, um suspeito havia sido preso: Márcio Gomes da Silva, conhecido como Pará. Os procurados respondem coletivamente por organização criminosa, além de outros crimes específicos para cada um — como extorsão, porte ilegal de arma, tráfico de drogas e agiotagem.
Zinho não foi encontrado em casa. Na casa dele, foram apreendidas joias, um carro, dinheiro, um laptop e um aparelho celular. Luiz Antônio já foi citado em outras investigações sobre a lavagem de dinheiro do grupo: ele é sócio da Macla Extração e Comércio de Saibro. O Ministério Público e a Polícia Civil acreditam que a empresa é utilizada para lavar o dinheiro do grupo. A sede administrativa da empresa, no Recreio, também é alvo de um mandado de busca e apreensão nesta quinta-feira.
Asfixia econômica
A polícia pretende atacar os métodos utilizados pela milícia para lavar o dinheiro adquirido com a cobrança de taxas de segurança, de compras de botijões de gás e outras taxas para luz, telefone e internet clandestina em diversas comunidades e bairros do Rio.
Segundo a polícia, o dinheiro adquirido através da cobrança dessas taxas é lavado em atividades legais, como empresas de incorporação e exploração de areia e saibro, uma das atividades mais rentáveis da milícia na Baixada Fluminense.
Quatro endereços já tiveram o sequestro decretado com autorização da Justiça. Nenhum desses imóveis, segundo a Polícia Civil, está em nome dos suspeitos. Todos eles, de acordo com as investigações, possuem imóveis incompatíveis com seus rendimentos:
— Uma mansão de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, no Recreio dos Bandeirantes, avaliada em R$ 1,7 milhão;
— Um sítio em Seropédica, na Baixada Fluminense, que pertence a Danilo Dias Lima, chefe da milícia que atua no município e também em parte de Nova Iguaçu, avaliado em R$ 1,3 milhão;
— A casa de um policial em Campo Grande, na Zona Oeste, no bairro Rio da Prata, avaliada em R$ 1 milhão;
— Um imóvel no Centro de Itaguaí, também de Danilo Dias Lima, avaliado em R$ 850 mil.
A operação conta com apoio da Delegacia de Repressão a Ações Criminosas (Draco), Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e Batalhão de Ações com Cães (BAC) da Polícia Militar do Rio.
Fonte: G1

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