Primeiro dia de aula com poucos alunos
Virna Alencar 06/02/2019 21:12 - Atualizado em 07/02/2019 14:26
O ano letivo na rede municipal e estadual começou nesta quarta-feira, mas a maioria dos estudantes parece ter preferido estender um pouco mais as férias. A expectativa entre alunos e professores é que na próxima segunda (11) mais estudantes compareçam às instituições de ensino. Para este ano, a secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Smece) preparou mudanças, como o aumento na carga horária das disciplinas de Português e Matemática para os estudantes do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e a criação do projeto Escola Integral, implantado em duas escolas. A rede municipal conta com 237 unidades escolares e cerca de 53 mil alunos. Já na rede estadual, de acordo com censo escolar 2018, são 51 unidades escolares administradas pela secretaria de Estado de Educação (Seeduc), que atendem a cerca de 29 mil alunos, em Campos. O atual secretário, Pedro Fernandes, esteve em Campos para conversar com professores e visitar outras unidades, com perspectiva de atuação cooperativa na formação continuada de docentes.
Na escola Branca Peçanha, no Parque Eldorado, poucas crianças compareceram ao primeiro dia. Na escola Wilson Batista, no Parque Guarus, não foi diferente. A unidade é uma das maiores da rede municipal, com mais de 1.500 estudantes, mas, na manhã do primeiro dia letivo, cerca de 50 compareceram.
De acordo com a Prefeitura de Campos, para melhor receber os alunos, algumas unidades passaram por reparos, outras estão com obras em andamento ou agendadas para os próximos meses, seguindo o calendário do departamento de Infraestrutura. Os livros já estão nas escolas, assim como a maioria do material didático pedagógico. Os alunos também contarão com o uniforme escolar gratuito, a ser distribuído nas próximas semanas.
O movimento tímido no início do ano letivo também foi registrado nos colégios estaduais, como Nilo Peçanha, no Centro, Benta Pereira, no Jardim Carioca, e no Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) Custódio Siqueira, no Parque Calabouço.
No Colégio Estadual Doutor Thiers Cardoso, no Turfe Clube, o professor de Biologia, Martinho Fernandes, de 54 anos, disse ter expectativas para esse ano, após o prédio passar por reforma, depois de interdição, em março do ano passado. Na época, dos 1.080 estudantes, 426 foram sidos transferidos temporariamente para o Ciep Doutor Nilo Peçanha, na Lapa, e mais de 600 matriculados em outras unidades do município, conforme o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe-RJ). Depois de manifestações e denúncias, temendo o fechamento da unidade, que já é tradicional no Parque Tarcísio Miranda, as obras foram entregues em 10 de dezembro do ano passado e a comunidade escolar encerrou o ano letivo na unidade.
— A escola está reformada e a expectativa é muito boa para esse início de ano letivo. Espero que as pessoas que a gerencie mantenham a estrutura, que os alunos colaborem e a educação pública possa melhorar como um todo — disse Martinho, que dos 30 anos de profissão, dedicou 15 deles ao Thiers.
Visita – Na última sexta (1), o secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes, anunciou quatro medidas prioritárias para melhorar a qualidade do ensino: reduzir o déficit de professores, recompor as equipes pedagógicas, construir novas escolas e qualificar professores. Na segunda-feira (4), ele visitou a Diretoria Regional Norte Fluminense da pasta e o Colégio Estadual José do Patrocínio (Cejopa). O objetivo foi estreitar laços e estudar parcerias para capacitação continuada dos professores da rede estadual.

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