Uma adolescente surda e muda, de 16 anos, denunciou um caso de estupro coletivo em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio. Segundo a Polícia Civil, o crime aconteceu há um ano e meio, mas o caso só foi registrado na última quarta-feira (30). A polícia tenta identificar os suspeitos.
De acordo com a Polícia Civil, a adolescente revelou o caso para uma amiga da família, que tinha o conhecimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e contou sobre o abuso para a mãe da vítima.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, a vítima foi ouvida com o auxílio de uma intérprete e, durante o depoimento, contou que três homens teriam praticado o crime após a acordarem durante a madrugada.
"Normalmente, a criança tem vergonha de contar aos pais o que aconteceu porque existe um sentimento de vergonha", relata a delegada Juliana Rattes, responsável pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Cabo Frio.
A delegada também explicou que a vítima tinha o costume de frequentar a casa da tia e um dos suspeitos seria o ex-companheiro dela. Juliana explicou que ele e outros dois homens teriam entrado na casa e levado a adolescente até a cozinha, onde aconteceu o abuso.
A polícia também informou que os suspeitos teriam tapado a boca da vítima e praticado sexo, fazendo um "revezamento" entre eles.
Ainda segundo a Polícia Civil, a mãe da vítima contou em depoimento que, após o crime, a adolescente passou a não querer frequentar a casa da tia.
Depois de ser ouvida, a adolescente foi encaminhada para o Instituto Médico Legal (IML) de Araruama para passar pelos exames médicos.