Os moradores do Edifício Volare, na Pelinca, voltarão para suas casas no dia 28 de fevereiro. A informação é do sindico do prédio, Ricardo Ribeiro Gomes. Nesta sexta-feira, uma equipe técnica da coordenadoria municipal da Defesa Civil acompanhou o início dos trabalhos de reforço de estrutura do edifício, localizado na rua Mariano de Brito, em bairro nobre de Campos. O edifício foi interditado temporariamente no dia 26 de novembro, depois de um pilar estrutural da garagem, no segundo piso, sofrer uma ruptura e assustar os moradores, com a possibilidade de desabamento, que foi logo descartada.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, major Edison Pessanha, nesta sexta foram, aproximadamente, duas horas de trabalho e a Guarda Civil Municipal também foi solicitada para orientar o trânsito enquanto o material, de dois caminhões, era utilizado na concretagem e envelopamento de colunas.
— Fomos solicitados pelo engenheiro responsável da obra para o acompanhamento desta primeira fase de concretagem, em um reforço da estrutura do prédio. Foi acordado e estamos acompanhando, passo a passo, as intervenções realizadas para a recuperação do edifício Volare — disse Pessanha.
Os condôminos e o corpo técnico do edifício Volare se reuniram no dia 7 de dezembro passado, para definir as etapas do processo de recuperação do imóvel. Na primeira fase, como medida emergencial, foram colocadas escoras no segundo piso e, o passo seguinte, seriam medidas para reforçar a estrutura, como a executada nesta sexta, nas colunas. Também está prevista a construção de um pilar paralelo ao que foi danificado, que se estenderá do térreo até a área de lazer, no terceiro pavimento, conforme informou na ocasião, o engenheiro responsável pela obra, Paulo Maia.
O prédio apresenta danos que consistem em trincas e rachaduras de várias posições e dimensões, conforme relatório apresentado na reunião. Síndico do Volare, Ricardo Ribeiro Gomes acompanhou os serviços. “Foi um trabalho de reforço estrutural, ainda na primeira fase da obra. Ainda estão sendo realizados estudos e não tempos prazo para conclusão da obra, porque a empresa ainda verifica as medidas necessárias para que a estrutura fique totalmente garantida. No entanto, 28 de fevereiro foi o prazo apresentado para liberação do edifício e retorno das 28 famílias que residem no imóvel”, concluiu o síndico.
Caso - A interdição do Edifício Volare foi oficiada no dia 26 de novembro do ano passado, quando moradores, em consenso com a empresa que já executava obras de contenção no prédio, decidiram sair até que os reparos fossem concluídos. O edifício de 14 andares e de alto padrão, que foi entregue há 11 anos, onde residem 28 famílias, foi evacuado no dia 25 de novembro, depois que um pilar estrutural sofreu uma ruptura e por obra emergencial, iniciada cerca de 15 dias antes. À época, de acordo com o major Edison Pessanha, ocorreu, no segundo andar, o esmagamento de uma coluna e havia diferentes pontos com rachaduras, inclusive na fachada, surgidas logo após o rompimento do pilar. Em assembleia após o incidente, moradores decidiram pela obra de reparos necessários, cobrada à construtora na Justiça desde 2015.