O esporte tem transformado a vida de milhares de campistas desde a ampliação da oferta de modalidades em vários espaços da cidade. Seja por problemas crônicos ou por desejo de mudança de vida, quem procura uma das 51 atividades disponíveis colhe como frutos a diminuição dos sintomas de doenças, a melhora da autoestima, a sensação de bem-estar e a integração social. São cerca de 18 mil pessoas que saíram da poltrona e praticam esporte gratuitamente acompanhados por profissionais capacitados nos 36 polos mantidos pela Fundação Municipal de Esportes.
Mãe de José Lucas e Daniel, de 8 e 6 anos, a professora Carla Verônica Miranda comemora a melhoria na qualidade de vida dos filhos após as aulas de natação. Daniel nasceu com problemas respiratórios; José Lucas tem quadro de esclerose pediátrica, e os dois já apresentam melhoras significativas.
— Daniel tomava muito cortisona e acabou afetando o sistema neurológico, além de aumentar as crises de sinusite. Depois que começou a fazer natação melhorou, adquiriu força pulmonar, desenvolveu o sistema motor. Já o Lucas também vem apresentando grande evolução na postura. — explicou, feliz, a mãe.
Guilver, Edna e Rafael Teixeira Araújo, uma família carioca que chegou a Campos em 2017 também embarcou no novo estilo de vida.
— Inicialmente, vim fazer a matrícula do meu filho Rafael, 12 anos, nas aulas de taekwondo e natação. Eu ficava aguardando o fim da aula até que, um dia, o professor César Pinudo (de taekwondo) me convidou para fazer um treino e me apaixonei pelo esporte e meu marido Guilver também aderiu. Conseguimos fugir do estresse nas aulas de taekwondo que também ajuda na disciplina e condicionamento físico — explicou Edna.
Há também aulas de dança e todo dia chegam novos alunos. É o caso da professora aposentada Kátia Macabu, que encontrou na aula de ritmo a alegria e a oportunidade de fazer novos amigos.
— Essa é a minha primeira aula e já deu para suar bastante. Sempre tive uma agenda de trabalho muito pesada com planos de aulas e provas, mas tudo mudou com a aposentadoria e a doença dos meus pais, que vieram morar comigo. Escolhi fazer dança porque eu sempre gostei e também exige concentração para lembrar dos passos e fazer novo círculo de amizades — destacou a professora.
Entre as 51 modalidades estão natação, hidroginástica, funcional, ginástica, vôlei de areia, basquete, futsal, futebol, judô, taekwondo, karatê, jiu jitsu, entre outras. As aulas em geral acontecem tanto na sede da Fundação, no Centro da cidade, como nos Centro Escola do Esporte (CEDEs) e em praças públicas ou mesmo em localidades como Farol de São Thomé, Morro do Coco, Santa Cruz e Ururaí. (A.N.)