Três dias após o trágico incêndio que matou 10 jovens das categorias de base no Ninho do Urubu, o Flamengo se reuniu nesta segunda-feira com autoridades na sede do Ministério Público. Além de representantes do clube e MP/RJ, estiveram presentes membros da prefeitura do Rio, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Ministério Público do Trabalho, Polícia Civil e Defensoria Pública.
No encontro, ficou acertado que haverá uma vistoria conjunta de órgãos na manhã desta terça, no Ninho do Urubu. Na ocasião, o MP/RJ vai avaliar se haverá interdição plena ou parcial no local. O MP ainda informou que o clube suspendeu qualquer pernoite de pessoas no CT. O elenco profissional costuma se concentrar e dormir no local.
— É importante registrar que a presidência do Flamengo assumiu todas as responsabilidades, se comprometeu a dar todo acolhimento às famílias das vítimas, entregou à defensoria pública a condução dessa negociação para um reparo imediato. A partir desta terça, faremos perícias amplas no CT para que possamos analisar em que condições se encontra e se há necessidade de interdição plena ou parcial do local. É um dano irreparável. Mas há também o aspecto preventivo, para que novas tragédias como essa não ocorram. Vamos verificar a legalidade trabalhista desses atletas. Assim como o ambiente de trabalho — disse Eduardo Gussem, procurador-geral do MP.
O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, disse que o clube está colaborando com as autoridades.
— Falamos da nossa disposição de resolver qualquer tipo de pendência. Amanhã teremos uma nova reunião no nosso CT — disse o presidente, sem abertura para perguntas de jornalistas.
Nesta terça, jogadores do time profissional fizeram uma visita aos jogadores Cauãn e Francisco Dyogo, hospitalizados, mas fora de perigo.