A confecção e vendas de abadás, principalmente na época do Carnaval, têm se mostrado uma opção de comércio rentável e agrada não só os fabricantes como também os consumidores, que podem brincar os dias de folia com o “uniforme” do seu bloco, mas com uma modelagem que pode ser exclusiva. Só em São João da Barra são cerca de 30 blocos que vão desfilar na sede, em Atafona, Açu e Grussaí. Esse ano para que os foliões não se percam uma loja específica foi montada na área central para que os veranistas e turistas possam adquirir o abadá sem problemas. O movimento já é intenso e as vendas estão crescendo. E nas malharias as máquinas estão a todo vapor para dar conta de tantos pedidos. As encomendas começaram a chegar no início de fevereiro.

A loja do Alcimar Mello é o point de vendas de quase todos os abadás, muitos confeccionados na Bahia. Cada bloco tem um estilo diferente. São blocos para crianças, família, arrastão, alguns com kits de open bar. Cada abadá custa em torno de R$ 40. E, segundo Alcimar, as vendas estão só começando.

— Já estamos começando a vender e pela movimentação de ontem e hoje a expectativa é que vendamos todos os abadás. Temos uma freguesia certa composta de 80% sanjoanenses e esse ano o lucro de ver em torno de R$ 6 mil por bloco. Estaremos abertos para atender os foliões todos os dias de Carnaval — informou Alcimar.

Quem não perdeu tempo e foi logo garantir o seu abadá foi o jornalista Fabrício Berto que vai para a folia junto com os filhos. “Sou daqui de São João da Barra e o carnaval aqui é maravilhoso e não há quem saia para se divertir sem uma camisa ou um abadá. Já garanti o meu e dos meus filhos”, disse ele.

A confecção dos abadás tem gerado também emprego tanto nas lojas, quanto nas malharias. O processo para confecção começa no computador, depois é estampado no tecido e em poucos segundos estão prontos para ir para as costureiras. O movimento tem sido intenso em uma das malharias de SJB, onde a correria tem sido grande. A gerente Lilian Gomes Barreto, disse que a proprietária foi obrigada a contratar mais quatro pessoas para dar conta das encomendas, mesmo assim, elas estão trabalhando além do horário para garantir que todos vão receber o kit.

— Estamos confeccionando quatro tipos de abadás e, para cada um é um tipo de estampa, de costura, de tamanho. O trabalho é intenso principalmente nos dias que antecedem a folia. Mas nós estamos aqui e vamos conseguir. Além dos quatro funcionários que temos, fomos obrigados a contratar mais quatro pessoas para nos ajudar. Por dia estamos produzindo cerca de 300 camisas — disse Lilian.