Aldir Sales
25/02/2019 17:10 - Atualizado em 28/02/2019 15:28
A Petrobras confirmou na tarde dessa segunda-feira (25) que não existe mais óleo no oceano decorrente do vazamento ocorrido na madrugada do último sábado na plataforma P-58, localizada a 80 km da costa do Sul do Espírito Santo, na Bacia de Campos. De acordo com a estatal, foi um realizado um voo de verificação, que atestaram a efetividade das ações de emergência, acompanhadas também pela Marinha do Brasil, Ibama e Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Mais cedo, as três instituições confirmaram as informações da Petrobras de que o vazamento foi imediatamente contido. “A Marinha do Brasil, por meio do Comando do 1º Distrito Naval, o Ibama e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) informam que o vazamento foi imediatamente interrompido logo após sua detecção. Não houve vítimas nem impacto à operação da plataforma”.
A estatal também afirmou que uma comissão interna foi criada e investiga desde o último sábado o acidente, causado pelo rompimento de mangote durante operação de transferência de óleo para navio aliviador. Inicialmente, cerca de 188 m³ de óleo foram despejados no mar. Duas embarcações foram deslocadas para o local para trabalhar na contenção e recolhimento da mancha. As simulações iniciais já indicavam que não havia risco de a mancha chegar à costa.
Em nota, o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) condicionou o vazamento à falta de investimento em segurança. “Fizemos contato com os companheiros da diretoria do Sindipetro-ES. Há um diretor deles a bordo da unidade. Este é mais um caso que mostra a falta de investimento em prevenção, em um ambiente gerencial que só pensa em punir os trabalhadores”, disse o coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra.
A P-58 é uma das plataformas com maior produção da Petrobras. Em agosto do ano passado, por exemplo, a unidade liderou a produção da estatal com 143.367 mil barris de petróleo e 4.534 m³ de gás natural por dia.