Expectativa de 13,5 mil empregos diretos e indiretos no Porto do Açu, em São João da Barra. Essa é a expectativa do ministro de Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas. Na noite da última segunda-feira (18) ele participou da assinatura do contrato de adesão do terminal da Gás Natural Açu (GNA) para exploração para exploração do Terminal Privado de Regaseificação de GNL (Gás Natural Liquefeito) que fica no próprio porto. O acordo visa a construção de um complexo que envolve o terminal e a construção do maior complexo termelétrico a gás natural da América Latina. O empreendimento chamou a atenção do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e do filho, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSC), que postaram em suas redes sociais vídeos destacando a importância dos termos assinados nesta semana e sobre o porto para a economia nacional.
Feito por meio de uma parceria entre as empresas Prumo Logística, a BP e a Siemens, o projeto da GNA inclui a construção de um terminal de regaseificação de GNL e a instalação de duas usinas termelétricas com capacidade total de 3 GW, contratadas em leilão de energia em 2014. Os investimentos previstos para os projetos das térmicas GNA1 (1,3 GW) e GNA2 (1,7 GW) e do terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) do Porto do Açu somam R$ 8 bilhões de investimento até 2023.
O diretor-presidente da GNA, Bernardo Perseke, se mostrou otimista com mais uma etapa concluída do projeto. “A assinatura deste contrato é um passo importante para dar continuidade à implementação de nosso projeto, que se tornará o maior complexo termelétrico a gás natural da América Latina”.
O início da operação das duas usinas e do terminal está previsto para 2021. A perspectiva é que a energia gerada consiga abastecer 14 milhões de residências. Em uma segunda fase, a partir de 2023, a empresa deve investir mais R$ 8,5 bilhões em mais duas termelétricas. A empresa possui ainda licenças ambientais que permitem dobrar a capacidade instalada do parque termelétrico, podendo alcançar 6,4 GW.
— São R$ 16,5 bilhões de investimento realizado pela iniciativa privada, com geração de 4 mil empregos diretos e 9,5 mil indiretos. Isso é algo extremamente relevante — disse o ministro durante coletiva após a assinatura do contrato.
Obras de termelétrica estão em andamento
Além da importação de GNL, os planos do Porto do Açu também incluem a construção de instalações de processamento de gás e gasodutos para torna-se uma rota de escoamento de gás das bacias de Santos e Campos, o que abre caminho para uso futuro do gás produzido no pré-sal.
A construção da GNA1 já está em andamento. A obra, executada por um consórcio liderado pela empreiteira Andrade Gutierrez, começou em março do ano passado. Segundo a empresa, os empreendimentos da GNA empregam mais de 2 mil pessoas, sendo que 80% são moradores de São João da Barra e de Campos. Durante a fase de construção das duas termelétricas serão gerados, segundo os responsáveis, aproximadamente 4,5 mil empregos diretos e em torno de 10 mil indiretos, com priorização de mão de obra local.
— Há um acerto neste caminho de buscar as parcerias de investimento com o setor privado. Não por acaso foi criado um programa de parceria de investimento e, não por acaso, foi mantido durante uma transição de governo — completou o ministro.
No início de sua gestão, a equipe do presidente Jair Bolsonaro prometeu dar continuidade ao programa de Temer, e disse que vai realizar de 23 leilões de concessões nos primeiros 100 dias de governo.