“Gosto muito desse filme porque é surpreendente. Vi anos atrás e gostei muito, daí ter decidido exibir aqui para compartilhar com vocês. Devo adiantar que a interpretação Jeff Bridges é magistral”. Assim a produtora cultural Luciana Portinho iniciou, na quarta-feira (13), no Cineclube Goitacá, a apresentação do filme “O grande Lebowski” (The Big Lebowski”, 1998), dos irmãos Ethan e Joel Cohen.

Em seguida, lembrou que o filme é visto atualmente como um clássico do cinema, mas à época do lançamento não foi bem recebido pela crítica e público. “Isso acontece às vezes no campo da arte. Uma obra é lançada e não tem um reconhecimento imediato, vindo somente mais tarde. Hoje ‘O grande Lebowski’ é considerado cult assim como a interpretação de Jeff Bridges, que ganhou uma legião de admiradores pelo mundo afora”, acrescentou.

Durante os debates, logo após a exibição do filme, o advogado e cinéfilo Gustavo Oviedo disse que os irmãos Ethan e Joel Coen fazem filmes com características bem peculiares. “Por isso, não deve causar surpresa o fato de ter buscado uma história clássica de detetive dos anos 40 — filmes noir — e a colocado em Los Angeles dos anos 1990. Só que ele inverte a lógica e apresenta personagens distintos da média, mas bem construídos”, salientou. Para o professor e pesquisador cultural Marcelo Sampaio o filme “tem uma narrativa psicodélica que me agrada muito.” Por sua vez, o crítico de cinema Felipe Fernandes observou que “a narrativa flui quase que independente da vontade dos personagens. Isso é uma marca dos irmãos Coen mas no final ela fecha sempre bem composta. Isso é revelador do talento, que eles têm de sobra.”