Justiça mantém vereadores afastados
17/01/2019 22:32 - Atualizado em 25/01/2019 19:35
Várias cidades da região sofrem com a instabilidade política. Municípios como Rio das Ostras, Aperibé, Laje do Muriaé e Cabo Frio tiveram os prefeitos afastados e os eleitores voltaram às urnas no ano passado. Enquanto isso, outras cidades sofreram com afastamentos nas Câmaras Municipais. É o caso de Casimiro de Abreu, na Baixada Litorânea. Como publicou o site Clique Diário, de Macaé, os vereadores Rafael Jardim (PSB), Bruno Miranda (PSB) e Leilson Ribeiro da Silva, o “Neném da Barbearia” (PMDB), continuam afastados do Legislativo casimirense por mais três meses, por determinação judicial.
O trio foi denunciado pelo Ministério Público por fazerem parte de esquema de compra de apoio política durante votação das contas do ex-prefeito Antônio Marcos Lemos Machado, segundo a promotoria. Os vereadores são investigados por oferecimento de vantagem indevida (propina e cargos).
Segundo o MP, o ex-prefeito ofereceria propinas e fazia ameaças a quem não votasse contra o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que julgou irregular uma de suas contas. A votação, ocorrida em abril passado, foi anulada pela Justiça a pedido do Ministério Público. O MP também apurou um suposto esquema de compra de votos que redundou na eleição de Rafael Jardim, na época presidente da Câmara, para o biênio 2017/2018. Rafael, aliás, foi substituído no cargo por Ademilson Amaral da Silva, o Bitó (PSC), que ficou menos de um mês ocupando a presidência interina da Câmara. Em 8 de agosto, ele foi afastado da atividade também por 180 dias, suspeito de envolvimento no esquema de compra de votos.
Dos nove vereadores eleitos em 2016, apenas cinco se mantêm no cargo: Dr. Adriano Lima (PV), Ramon Gidalte (PPS), Lelei da Marmoraria (PSL), Alex Neves (PSB) e Marquinho da Vaca (Patri). Antes da devassa ocorrida no Legislativo, o MP conseguiu a prisão do ex-vereador Alessandro Pezão, suspeito de comandar um esquema de extorsão dentro da Câmara. Ele é acusado dos os crimes de concussão, peculato e associação criminosa. Em 2016, Pezão foi afastado da presidência da Câmara por desvio de dinheiro.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Pezão obrigava cinco funcionários contratados do gabinete e repassar parte do salário recebido para ele próprio. Eles recebiam entre R$ 1,2 mil e R$ 5 mil e ficavam com até R$ 700,00, repassando o restante do valor para o ex-vereador, segundo o MP. (A.N.)

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