Em final de mandato na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado estadual Geraldo Pudim (MDB) tem a possibilidade de continuar no Legislativo fluminense, mesmo sem se candidatar à reeleição. O campista é um dos cotados para assumir a diretoria-geral da Alerj, caso o atual presidente André Ceciliano (PT) ganhe a disputa para continuar no cargo na eleição que acontece no dia 1º de fevereiro. No entanto, segundo o próprio Ceciliano, o martelo ainda não foi batido.
Eleito em 2014 pelo grupo do ex-governador Anthony Garotinho (PRP), Pudim rompeu politicamente com o político da Lapa durante o mandato e se filiou ao MDB do então presidente da Alerj Jorge Picciani. O parlamentar concorreu à Prefeitura de Campos em 2016, mas ficou na quinta colocação com 2.160 votos. Em outubro do ano passado, o deputado abdicou de tentar a reeleição para concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados, em Brasília. No entanto, Pudim recebeu 5.046 votos e passou longe de retornar à capital federal, onde exerceu mandato de deputado entre 2007 e 2010.
Atualmente, Pudim exerce a função de primeiro secretário na mesa diretora da Alerj.
Mesa diretora – A eleição para a escolha da presidência da Alerj anda esquentando o clima nos corredores do Legislativo. Por enquanto, a única candidatura posta é de Ceciliano, que vem compondo um “blocão” para se manter no cargo e barrar a investida da bancada do PSL, do presidente Jair Bolsonaro. O petista já conta com os apoios da maioria absoluta dos parlamentares, mas o PSL ainda estuda lançar uma candidatura de oposição.
O nome de Márcio Pacheco (PSC) chegou a ser lançado, mas acabou minado dentro do próprio PSL. Pacheco, então, aceitou o convite do governador Wilson Witzel (PSC) para ser o líder do governo na Alerj e anunciou que vai votar em Ceciliano.
Com o embarque do grupo de Pacheco na candidatura do atual presidente, alguns nomes do interior ganharam protagonismo. Em entrevista à Folha, João Peixoto (DC) disse que estava apalavrado com o deputado do PSC e na negociação com Ceciliano, foi colocado o nome do ex-secretário estadual de Agricultura e ex-prefeito de Itaperuna, Jair Bittencour (PP), para ser o primeiro vice na chapa do petista, o que foi confirmado pelo próprio Ceciliano.
