Ao tomar posse nesta quarta-feira, como diretor do recém-criado Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no Rio de Janeiro, o delegado Antônio Ricardo disse que Giniton Lages, da Delegacia de Homicídios da Capital, será mantido no comando das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Marielle e Anderson foram mortos na noite de 14 de março do ano passado, ao sair de um evento político no Centro do Rio. O delegado Antônio Ricardo disse que a investigação avançou muito e que tem riqueza de evidências dos suspeitos de envolvimento no crime. “O delegado Giniton ficará exclusivo nesse caso. Nós vamos colocar mais delegados e mais agentes na Delegacia de Homicídios. A equipe que está à frente da investigação já me apresentou o trabalho (que vem sendo feito ao longo desses meses).”
Na avaliação do delegado Antônio Ricardo, o trabalho está bem avançado. “Eu não posso prever prazos de conclusão, mas eu posso afirmar que a investigação avançou muito. Temos suspeitos e uma série de dados ainda em análise, e não queremos concluir essa investigação com a menor margem de dúvida para a defesa. Queremos concluir a investigação o quanto antes, mas com a maior riqueza de provas possível”, afirmou.
O diretor do DHPP evitou associar a morte de Marielle Franco e Anderson Gomes à motivação política. “Eu vou manter neste momento o sigilo, até porque há uma ordem judicial nesse sentido. Eu reafirmo que a investigação está bem avançada. Nós temos suspeitos da prática desse crime. Nós temos uma riqueza de evidências, mas nós não queremos que essas evidências depois sejam questionadas em juízo”. (A.N.)