Garotinho fala em Rosinha candidata
08/01/2019 09:50 - Atualizado em 10/01/2019 15:04
Folha da Manhã
Depois de um longo período sem aparições públicas na terra natal, o ex-governador Anthony Garotinho (PRP) esteve no último sábado em Campos, onde concedeu entrevista em uma emissora de rádio, e afirmou que a ex-prefeita Rosinha Garotinho (Patri) será a candidata de seu grupo político à Prefeitura em 2020. O político da Lapa falou “em todo respeito” ao filho, Wladimir (PRP) — eleito deputado federal e apontado como principal nome da família para a disputa —, porém, não comentou sobre o fato da esposa estar, hoje, impedida de ocupar qualquer cargo público pelos próximos anos por causa de três condenações diferentes que a deixaram inelegível.
— Com todo o respeito ao meu filho Wladimir, mas nossa candidata a prefeita é Rosinha. (...) Às vezes ela fala que não quer, mas, neste momento difícil da cidade, quem tem a experiência para fazer a cidade crescer em pouco tempo é ela. Se for o Wladimir, ele terá os nossos apoios, somos pais, mas neste momento queremos apresentar quem está mais preparada — disse.
Garotinho lançou sua candidatura a governador no ano passado, mesmo com condenações em segunda instância, e seguiu afirmando que seria candidato, porém, acabou barrado pela Lei da Ficha Limpa.
Além de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) da Câmara Municipal que apontaram irregularidades nos contratos da Prefeitura na gestão Rosinha com a empresa de paisagismo e com a Odebrecht, a ex-prefeita também possui outras três condenações que a tornam inelegível.
Depois de ter as contas de 2016 reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), o Legislativo campista rejeitou o último balanço financeiro da ex-governadora. Além disso, Rosinha também teve a condenação mantida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) no “escandaloso esquema” de troca de votos por Cheque Cidadão na última eleição municipal. A esposa de Garotinho possui, ainda, outra condenação, mas do Tribunal de Justiça do Estado do Rio por improbidade administrativa em 2004, quando era governadora, por abuso dos meios de comunicação.
Ainda cabem recursos em todos os processos.

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